Na véspera do jogo entre Brasil e Equador, os holofotes se voltaram para Elias. Os boatos de uma relação homossexual com o lateral direito Maicon, cortado do grupo em virtude de uma indisciplina, o incomodaram. Ele não é um astro na Seleção, mas encarou de frente o problema: em campo, com a bola rolando, provou que seu lugar é como coadjuvante e teve uma atuação segura. Foi importante para o time segurar a vitória por 1 a 0.
O jogo desta terça-feira começou para Elias aos 23min do segundo tempo, quando ele entrou na vaga de Ramires. Demorou para tocar na bola e primeiro participou apenas marcando. Acompanhou Rojas, em um lance que o equatoriano se enrolou com a bola e não lhe deu trabalho. Depois perdeu uma disputa na esquerda que quase custou caro. A bola virou de lado, foi cruzada sem direção, mas Jefferson sofreu para cortar.
Depois disso, Elias passou a jogar mais com a bola no pé e conseguiu ir bem. Aos 30min, trocou passes com Ricardo Goulart, em uma jogada que Everton Ribeiro quase fez um golaço por cobertura. Na sequência, também tentou uma enfiada de bola para Goulart, que ficaria na cara do gol, mas o lance foi interceptado.
Houve um momento curioso quando o jogo já se arrastava para o fim. Gil entrou no lugar de Danilo quando o Equador atacava pelo lado direito do Brasil. Ou seja, houve um buraco no setor por um curto período de tempo. Mas Elias fez a cobertura e completou bem a minúscula participação como lateral direito.
O Equador teve mais posse de bola até o fim, já que o Brasil estava acomodado - fez um gol com Willian no primeiro tempo e depois só administrou a vantagem. Não era necessário nenhum protagonista para fazer isso. À frente de uma defesa totalmente reformulada em relação à Copa do Mundo (Danilo, Miranda, Marquinhos e Filipe Luis), Elias e Fernandinho deram conta do recado no final do segundo tempo.