Michael Jordan reafirma frase polêmica e ressalta tom de brincadeira

'Republicanos também compram tênis' colocou um holofote político na carreira do então jogador

4 mai 2020 - 12h20
(atualizado às 12h53)

Michael Jordan sempre foi uma pessoa que manteve distância de qualquer comentário ou polêmica envolvendo política em sua vida pública e não mostra arrependimento. No novo episódio de seu documentário Arremesso Final (The Last Dance, do inglês), o astro aparece dizendo uma frase que ficou famosa nos Estados Unidos: "Republicanos também compram tênis". Mas, expressou não querer voltar no tempo por isso.

A fala faz parte do quinto episódio da série documental, disponibilizada no Brasil somente nesta segunda-feira. No País, pode não ter tanto impacto, mas nos Estados Unidos é passível de polêmica. Na ocasião, em 1990 estava acontecendo uma disputa para o senado na Carolina do Norte entre o então republicano Jesse Helms e o desafiante democrata Harvey Gantt. O documentário faz questão de ressaltar que a frase foi dita em tom de brincadeira, descontraída.

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Jordan também fez questão de evitar polêmicas e disse que nunca viu a si mesmo como um modelo a ser seguido. "Eu acho que aquela frase não precisa ser corrigida, pois eu disse em tom de brincadeira no ônibus com Horace Grant e Scottie Pippen", explicou o ídolo.

"Foi tirada do contexto", Jordan fez questão de explicar. "Minha mãe me pediu para fazer um PSA (anúncio de serviço público, da sigla em inglês. Uma espécie de campanha política) para Harvey Gantt e eu disse: 'Olha, mãe, eu não vou falar bem de alguém que eu não conheço. Mas eu vou fazer uma contribuição para apoiá-lo'. E foi o que eu fiz."

"Eu parabenizo Muhammad Ali por defender o que ele acreditava. Mas nunca pensei em mim como ativista. Pensei em mim como jogador de basquete", lembrou o ex-camisa 23. "Eu não estava sendo político quando estava praticando meu esporte. Eu estava focado no meu ofício. Foi egoísta? Provavelmente. Mas isso era a minha energia. Isso é o que era a minha motivação."

Em uma das suas inúmeras aparições no documentário de Jordan, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, analisou a fala do ex-jogador, acrescentando que Jordan era apenas um jovem ativista e que ele queria que o então atleta tivesse dito mais sobre o assunto, mas que não era tão simples.

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