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Mais um ano de espera para a McLaren voltar a vencer na F1?

2023 é um ano especial para a McLaren pelos seus 60 anos de vida. Porém, o início ruim do MCL60 e a situação fora da pista jogam dúvidas

13 mar 2023 - 08h00
Lando Norris no Bahrein. 2023 não começou bem para o britânico e a McLaren
Lando Norris no Bahrein. 2023 não começou bem para o britânico e a McLaren
Foto: McLaren Racing / Divulgação

Zak Brown, o intrépido chefe da McLaren, disse várias vezes que o objetivo da equipe é brigar por títulos e vitórias daqui a alguns anos. Mas que as novas regras poderiam ajudar nesta transição. Porém, o trabalho que vem sendo feito não parece ser tão efetivo assim.

Uma das metas da McLaren era estar pelo menos em condições de disputar o posto de “melhor do resto”. O trabalho de reorganização técnica vinha sendo bem encaminhado, com a vinda de James Key (ex-Toro Rosso) e a colocação do motor Mercedes no lugar do Renault. A vitória de Daniel Ricciardo em Monza 2021 parecia ser o sinal de que as coisas vinham entrando os eixos.

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Porém, as condições financeiras não eram das melhores por conta dos problemas da parte automotiva. A área de corridas foi separada da Holding e contou com a capitalização de um fundo de investimento norte-americano, dono entre outras coisas do Phoenix Suns (NBA) no fim de 2020.

Após um 2022 confuso, onde o MCL36 demorou a deslanchar por questões técnicas iniciais com os freios, a expectativa da McLaren era que o MCL37 fosse a arma para seguir o caminho de “volta ao topo”.

Afinal, 2023 é um ano cheio de simbolismo para o time. 60 anos atrás, Bruce McLaren dava início aos trabalhos da equipe que leva seu sobrenome e conseguiu diversas marcas de peso no automobilismo mundial. Tanto que o carro deste ano foi batizado de MCL60 justamente pela marca.

Só que o cenário positivo não se concretizou até agora. Primeiro, a saída de Andreas Seidl, que foi um dos principais nomes do time nos últimos anos. O alemão foi chamado para ser o comandante da transição da Sauber para o time de fábrica da Audi. Para seu lugar, foi escolhido Andrea Stella, que está no time desde 2015.

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Segundo, a equipe vem se ressentindo do lado técnico pelos problemas financeiros dos últimos tempos. Embora a parte financeira esteja sendo encaminhada, as escolhas dos anos anteriores agora ressoam. Muitos profissionais foram embora e o túnel de vento novo, tão aguardado, só deve ficar pronto em junho.

Este é um ponto que Seidl batia bastante como um dos pontos de recuperação da McLaren. Após os vários problemas de 2017 e 2018, a McLaren começou a usar as instalações da Toyota, na Alemanha para seus testes aerodinâmicos. Os planos previam um novo equipamento para 2022. Mas veio a COVID e com ela o abalo financeiro do grupo.

Uma das esperanças do lado técnico era a vinda de James Key. O Diretor Técnico vinha da Toro Rosso e até foi cogitado como um potencial sucessor de Adrian Newey no grupo. Key foi o responsável pelo desenvolvimento do MCL34 e teve a caneta do MCL35, bem como sua adaptação ao motor Mercedes.

James Key tem tido problemas para fazer os projetos na McLaren deslanchar. Prestigiado?
Foto: McLaren Racing / Divulgação

O carro de 2022 foi acossado por problemas iniciais de freio, o que prejudicou o desenvolvimento. A expectativa do time é que 2023 fosse melhor, já que o MCL36 foi considerado uma boa base para este ano, incorporando uma série de soluções da concorrência. Só que como o próprio Key admitiu em entrevistas para alguns veículos, a elevação de 15mm do assoalho acabou sendo prejudicial ao conceito adotado pela equipe. E era tarde demais para consertar no início do ano.

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Mecânicos preparando o MCL60 de Norris no grid do Bahrein. Os semblantes não eram tão leves assim...
Foto: McLaren Racing / Divulgação

Isso justificou em parte o mau desempenho de Lando Norris e Oscar Piastri no Bahrein. Já na pré-temporada, problemas na área dos freios voltaram a atacar e tiraram tempo de pista. No fim de semana, dificuldades para achar velocidade do carro nos treinos e na prova, uma série de pequenos defeitos estragaram tudo.

O time reconhece que tem muito trabalho a fazer. Não é somente para atender a si, mas para entregar um bom equipamento a seus dois pilotos. Norris é tido como um talento potencial para voos mais altos e a McLaren vem ficando pequena para ele. Piastri chega com o peso de ter sido um “varredor” na base e de demonstrar a confiança dada diante da confusão com a Alpine e de assumir o lugar de Daniel Ricciardo.

Oscar Piastri nos boxes do Bahrein. O australiano sabe que tem que mostrar serviço
Foto: McLaren Racing / Divulgação

Algumas peças novas virão para a Arabia e Australia. O pacote maior de atualizações virão em Baku, onde muitos trarão novidades. Aqui a McLaren espera recuperar o tempo perdido, embora Norris tenha dito que estas novidades não ajudem a levar o MCL60 mais à frente...

A McLaren sabe que tem que apresentar um trabalho melhor para manter o moral alto em suas fileiras e mostrar que pode fazer justiça ao seu legado. Mais uma tarefa para Zak Brown.... Mas será capaz?

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