F1: O carro de 2026 surge com problemas. Mas é preciso calma

Matéria trazida pela Motorsport dá conta que o desenvolvimento do carro da F1 2026 tem uma série de problemas. Mas até onde é verdade?

9 abr 2024 - 17h19
Projeção do F1 para 2026. Aparente, o desenvolvimento nao vem sendo tão tranquilo...
Projeção do F1 para 2026. Aparente, o desenvolvimento nao vem sendo tão tranquilo...
Foto: AMuS / Mark Antar

As redes sociais ficaram agitadas nesta terça por conta da matéria da Motorsport britânica sobre os ensaios feitos com os requisitos técnicos do carro da F1 para 2026. Os objetivos são deixar os carros menores, leves e mais nervosos. Sobre os dois primeiros itens, há dúvidas. Mas sobre o último, as notícias deixam grande margem de certeza...

Oficialmente, as equipes não podem trabalhar sobre as regras de 2026, até porque ainda não estão formalmente fechadas. Mas todo o processo é tratado nos Grupos de Trabalho internos, que envolvem a F1, FIA e os times. E as discussões estão chegando a um ponto final, até porque o tempo está acabando e muitos detalhes ainda precisam ser tratados.

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Como falamos aqui neste espaço, a F1 vai insistir na figura da “aerodinâmica ativa”, que hoje vemos através do DRS. Antes, o objetivo era retirá-lo. Agora, é potencializá-lo. Tanto que o projeto atual da área técnica é fazer um aerofólio traseiro com um perfil maior, de forma que, quando aberto, reduzisse mais o arrasto e facilitasse as ultrapassagens.

Em conjunto, o time de Pat Symonds também considerou o uso das asas dianteiras para poder facilitar as passagens. Ou criando mais arrasto para o carro da frente ou também abrindo para reduzir mais a resistência ao ar. Os protótipos do Endurance Brasil contam com um sistema desse tipo.

O objetivo seria aumentar o uso do DRS, deixando os pilotos liberados para usar nas retas e automaticamente fechando nas curvas. Não está certo se haveria algum controle além do atual ou uma combinação com o possível “push to pass” que o “modo ultrapassagem” citado no regulamento 2026 de motores.

Porém, o vazamento estratégico da matéria da Motorsport merece ser encarado com cuidado. Segundo o texto, a versão testada pela F1 tem o uso atual do DRS: ou seja, só usado em retas. O aerofólio dianteiro segue fixo, como hoje. A descrição é que o carro estaria rodando na reta tamanha a perda de pressão aerodinâmica e o uso dos motores elétricos (falamos disso aqui), que dão torque quase que imediato.

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Não se sabe até onde a informação procede, mas não deixa de ser preocupante. Afinal de contas, os times terão 1 ano para poder trabalhar em cima deste conceito, que seguirá usando o efeito solo. Embora agora seja realmente o momento de ser fazer ajustes, ver o que está dando errado e buscar soluções. Afinal, todo o projeto tem o seu momento de verificação (pelo menos, deveria).

 O que se fala é que, por segurança, os carros teriam que ter o ritmo limitado ao nível dos atuais F2. O fato é que estamos em um ponto em que muitas coisas já deveriam estar definidas. Não seria fora de eixo pensar que estas novas regras poderiam ser postergadas, como aconteceu com as atuais.

Porém, como dito antes, é preciso cuidado. Afinal de contas, corridas não são vencidas somente na pista e muita coisa “aparece” na mídia para poder ser usada em favor de alguns atores do processo. Por isso, é preciso cuidado.

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