F1: Não aposentem ainda Lewis Hamilton!

O ano está muito longe do esperado, mas não é hora de aposentar Lewis Hamilton. Muitos esquecem do legado e principalmente do respeito

2 dez 2025 - 09h01
Hamilton: longe de sua melhor fase, mas merecedor de respeito
Hamilton: longe de sua melhor fase, mas merecedor de respeito
Foto: Scuderia Ferrari

Talvez nem o hater mais extremado poderia esperar um ano tão complicado quanto este primeiro de Lewis Hamilton na Ferrari. O que parecria ser o início de um belo casamento no início do ano, está se mostrando uma série de atribulações e um festival de imprecações ao longo do caminho vindo de todos os lados.

Entre grupos de amigos e se não me engano já escrevi em um de meus trocentos artigos, demorei muito para incluir Lewis Hamilton na minha lista dos 10 mais da F1 (um dia, prometo escrever sobre isso só pra levar chapiscada). Um dos meus argumentos era de que ele não havia ainda tido um momento de sofrimento quanto tantos outros tiveram.

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Mas podemos dizer que Hamilton vem tendo este momento de "sofrência" desde Abu Dhabi 2021. Definitivamente, o britânico não se encontrou com o regulamento instituido em 2022. Claro que houve o caso de que tanto Mercedes como Ferrari nao fizeram seus melhores projetos. Mas Hamilton definitivamente não entregou tudo o que se esperava. 

Pode se dizer que Hamilton não está mais no seu auge. Até aí, tudo bem. Mas nós vimos diversas vezes, especialmente em corrida, o britânico entregar e muito, principalmente na Mercedes. Aí é que pode se questionar que Hamilton precisa sim trabalhar sua ação em classificação, pois isso obriga a ter que fazer corridas mais agressivas e tentar garantir escaladas pelotão, o que nem sempre é garantido de acontecer.

Focando nesta primeira temporada de Ferrari, Hamilton foi brindado com o modus operandi de uma equipe em seu estilo mais clássico: um carro mal-nascido, um engenheiro que não conseguiu se alinhar com o piloto em raros momentos e  um time batendo cabeça em coisax mais simples. Por mais que um piloto esteja comprometido, é difícil manter o moral alto.

Ainda há um ponto a se considerar: o choque de culturas. Este era um ponto que desde o início se questionava como uma observação e se concretizou. O britânico Hamilton se chocou com as estruturas da italiana Ferrari (que tem gente de mundo todo em suas fileiras). E, salvo o período Schumacher, o time nunca abriu mão de se submeter a uma unica pessoa. Hamilton sugeriu coisas e não sabemos até onde a Ferrari está disposta a se submeter. Até porque Frederic Vasseur ainda vem tentando moldar a esdrutura da Gestione Sportiva.

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2026 é um quadro em branco para todos. Aí reside a esperança de Lewis Hamilton e também da Ferrari. Que é sim um dos grandes da F1 e seu legado não pode ser diminuido, embora muitos tentem fazê-lo. Todos são sujeitos a críticas e várias vezes, até devem ser consideradas. Porém, Hamilton acaba muitas vezes levando muitas pedradas tons acima.

Tanto Hamilton como Ferrari são animais feridos e que querem mostrar que podem vencer e convencer. Que esta força do ódio seja usada para vencer. E pór favor: não aposentem ainda Lewis Hamilton.

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