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Löw celebra troca de energias: "muito obrigado, Brasil"

13 jul 2014 - 20h54
(atualizado às 21h22)
<p>Löw faz a festa com jogadores alemães no gramado do Maracanã</p>
Löw faz a festa com jogadores alemães no gramado do Maracanã
Foto: Fabrizio Bensch / Reuters

Reconhecida em todo o país pelo comportamento, pela simpatia com os fãs e pela forma como se adaptou ao Brasil para vencer a Copa do Mundo, a Alemanha se tornou neste domingo o primeiro europeu campeão fora de seu continente. Para Joachim Löw, isso só foi possível também pela maneira como os brasileiros receberam os alemães, mesmo após uma semifinal humilhante.

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Antes de superar a Argentina por 1 a 0 neste domingo, a Alemanha aplicou goleada de 7 a 1 diante do Brasil, mas nem isso abalou o relacionamento que a equipe de Löw teve com a população local. Em especial, se lembrou o treinador, com a população baiana onde foi instalada a sede durante toda a preparação em Santa Cruz de Cabrália.  

A seguir, confira as respostas mais importantes de Löw:

Vibrações positivas na Bahia

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Nós obviamente temos de agradecer o Brasil por essa Copa maravilhosa. As pessoas em torno do nosso centro de treinamento foram muito gentis, tiveram uma energia positiva e muita simpatia. Acredito que esse foi um dos pontos altos que senti em toda minha carreira. 

Recepção após a goleada em Belo Horizonte

Quando ganhamos de 7 a 1 do Brasil, a tristeza foi muito grande aqui. Quando saímos do estádio e chegamos ao aeroporto, levou uma hora, e milhares de brasileiros estavam nas calçadas e batendo palmas. Foi impressionante. Quando chegamos ao Centro de Treinamento, na rua, vimos as pessoas nas calçadas segurando cartazes, bandeiras da Alemanha, batendo palmas. Foi algo indescritível, que entra na pele, algo impressionante. 

Preparação para se sentir um pouco brasileira

Falei para meu time antes da Copa. Estamos indo para outro continente, representamos 80 milhões de alemães. Queremos nos divertir, curtir a estadia e mostrar a nossa simpatia como uma seleção. Quero que as pessoas vejam que curtimos o nosso momento e que trabalhamos arduamente. E as pessoas nos receberam com alegria e muita simpatia. Muito obrigado, Brasil.

Obstáculos superados

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Eu acredito que já estamos juntos há 55 dias. Começamos todo esse projeto faz dez anos, é resultado de muitos anos de trabalho, começando com Klinsmann. Conseguimos melhorar o nosso desempenho constantemente, apesar de não ter dado esse passo antes.

As derrotas pelo caminho

Ficamos tristes, uma ou duas vezes, mas hoje há apenas um vencedor e essa seleção merece. Ao longo desta Copa, mostramos o melhor desempenho entre todas as seleções e não são apenas os dias que estamos aqui, são dez anos. Conseguimos ter esse espírito de equipe, é algo muito impressionante, e com uma capacidade técnica muito boa, então por essa razão chegamos aqui hoje. Somos o primeiro da Europa a vencer aqui no país do futebol e isso nos deixa muito orgulhosos.

Dureza de uma Copa do Mundo

Os jogadores estavam sentindo toda a pressão acumulada. Este tipo de campeonato é algo que é muito pesado. No começo, é difícil saber o que está acontecendo e há uma queda emocional. Temos muita felicidade e é algo que vamos ter para sempre, todos jogadores deram seu todo. 

Lahm e Schweinsteiger

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Tivemos o Bastian, liderando todos, ao lado do Lahm, e correndo por muitos quilômetros. Antes da Copa, disse: "vocês vão ter que dar mais do que no passado, porque querem conquistar algo que nunca conseguiram antes". 

Lesão sentida por Khedira pouco antes do jogo

No aquecimento, Sami (Khedira) teve problemas na panturrilha. Ele sentiu uma dor no aquecimento final. Foi dado um tratamento hoje de manhã, ele entrou no vestiário e precisava de mais tratamento porque estava com muita dor, então decidimos não correr nenhum risco. Optamos no último minuto pelo Kramer.

Perdas ao longo do jogo e qualidade do elenco

Sempre sabíamos que não teríamos apenas onze jogadores no campo. Precisaríamos de catorze e todos precisam estar no máximo do condicionamento. Com essas temperaturas, nem sempre fica claro se as pessoas vão aguentar 90 ou 120 minutos no seu máximo. Vimos exatamente isso na ultima fase da prorrogação, que a Argentina estava ficando cansada. O Schürrle e o Götze criaram problemas para a Argentina.

Influência de Guardiola na Alemanha

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Na realidade, não sei. Nos últimos anos, estamos desenvolvendo nosso próprio estilo. Apesar essas tendências, não conseguimos simplesmente nos adaptar a um clube. Temos técnicos como Guardiola, como Klopp, como Heynckes e Ancelotti, que ajudaram muito esses jogadores a ganharem auto-confiança e eles acreditam que podem chegar lá. 

Investimento na formação de jogadores

Obviamente a Bundesliga (liga alemã) tem muita influência na seleção por causa do treinamento dos jovens jogadores. Quando começamos isso em 2010, estávamos com uma seleção muito jovem. Acho que no ano de 2004 o futebol alemão estava em um nível mais baixo, aí demos passos decisivos. Dissemos que temos de investir mais em educação e na base. Ter apenas a virtude alemã não é suficiente para ser campeão, porque todos têm virtudes. Não teríamos conseguido chegar à frente se não mudássemos, precisávamos melhorar no campo e na forma de jogar. Fizemos centros de excelência e conseguimos apresentar esses resultados. Ficamos gratos aos clubes

Fonte: Terra
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