1º a pular da estratosfera: "não vamos desistir de quebrar barreiras"

Depois de se tornar o primeiro homem a pular de paraquedas da estratosfera e bater a velocidade do som, Felix Baumgartner começa a colher os frutos do feito extraordinário. O atleta levou o prêmio Laureus, o mais importante do esporte mundial e cuja cerimônia ocorreu no Rio de Janeiro, pela primeira vez na categoria de esportes radicais.

"Nunca havia sido indicado para nenhum prêmio na minha vida. Agora não só sou indicado como ainda levo o prêmio mais importante do esporte. Não estava convencido de que poderia vencer. Meus cinco anos de preparação valeram a pena", disse Baumgartner.

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Para o atleta radical, os esportistas vão sempre estar testando limites e ele não descartou que o feito seja igualado ou batido no futuro. "Nunca vamos desistir de quebrar barreiras. Estes tempos conheci um esquiador que havia vencido um título mundial com apenas um backflip (salto mortal). Hoje tem esquiadores que dão dois, três."

O salto especificamente não foi o momento mais complicado do feito de Baumgartner. O atleta conta que precisou desenvolver um sistema de som na capsula que o levou para a estratosfera para não se sentir sozinho.

"Quando você entrava na cápsula só ouvia o som da respiração. Sabia que não ia conseguir passar cinco horas assim porque teria apenas os meus demônios como companhia. Três semanas depois de colocarmos o sistema de som, fizemos uma simulação e tudo deu certo."

Baumgartner contou que o primeiro minuto do salto de pouco mais de cinco minutos foi o mais tenso porque precisava parar de girar. "Demorei um minuto para parar de girar. Depois fiquei mais relaxado. Meu visor estava um pouco desfocado, foi um pequeno problema. Quando eu aterrissei, me dei conta que havia quebrado a velocidade do som."