Venda de carros tem o pior novembro em cinco anos, ainda afetada pela falta de chips

No acumulado do ano, há alta de 5,4% em relação a 2020, com um total de 1,9 milhão de unidades vendidas

1 dez 2021 - 13h43
(atualizado às 14h04)

As vendas de veículos em novembro, incluindo caminhões e ônibus, tiveram um avanço de 10 mil unidades em relação a outubro, com um total de 172,3 mil unidades vendidas, segundo dados antecipados por fontes do mercado.

A alta em relação ao mês anterior é de 6,2%, mas em relação ao mesmo mês de 2020 a queda foi de 23,4%. Com isso, foi o pior novembro em cinco anos, com números ainda afetados pela falta de semicondutores para a produção.

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No acumulado dos 11 meses do ano, as vendas somam 1,91 milhão de veículos, 5,4% a mais que em igual período de 2020, porcentual que vem caindo a cada mês.

Várias empresas seguem com medidas restritivas por causa da falta de componentes eletrônicos, situação global que persiste desde o fim do ano passado como um dos reflexos da pandemia de covid-19.

Fábrica da Toyota em Sorocaba; exceção entre as montadoras, unidade iniciou nesta semana um terceiro turno de trabalho.
Fábrica da Toyota em Sorocaba; exceção entre as montadoras, unidade iniciou nesta semana um terceiro turno de trabalho.
Foto: Toyota/Divulgação / Estadão

Fábricas funcionam parcialmente

Na fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, 1,5 mil funcionários estão em lay-off (contratos suspensos) desde o início de novembro e a dispensa deve ser mantida até março. Nesse período, a linha de produção funciona apenas com um turno.

A Fiat também colocou em lay-off 1,8 mil funcionários da fábrica de Betim (MG) por três meses a partir de 1.º de outubro. Na unidade da General Motors de São José dos Campos (SP) foi adotada a mesma medida para 700 operários, assim como para 300 na planta da Renault em São José dos Pinhais (PR).

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Além disso, a fabricante francesa abriu um programa de demissão voluntária (PDV) para 250 funcionários. A Honda também ofereceu incentivos para a saída de trabalhadores das plantas de Indaiatuba e Itirapina, ambas em São Paulo, mas não divulgou meta de adesão.

Uma exceção é a Toyota, que nesta semana iniciou um terceiro turno de trabalho na fábrica de Sorocaba (SP), com contratação de cerca de 550 trabalhadores para ampliar a produção, especialmente do utilitário-esportivo Corolla Cross, nas versões a combustão e híbrida.

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