"O que a gente vinha fazendo não funcionou", diz CEO da Vale

Fabio Schvartsman falou sobre a segurança das barragens de rejeitos de mineração como a de Brumadinho

14 fev 2019 - 14h50
(atualizado às 15h54)

A Vale reconhece que aquilo que "vinha fazendo", em relação a segurança das barragens de rejeitos de mineração, não funcionou, considerando o rompimento da estrutura em Brumadinho (MG), afirmou nesta quinta-feira o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman.

O executivo, que continua a dizer que a mineradora ainda não sabe a causa do desastre, afirmou também que a empresa buscará ajuda de especialistas nacionais e internacionais para aperfeiçoar o sistema de regras para construção e manutenção de barragens.

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Fabio Schvartsman, CEO da Vale
Fabio Schvartsman, CEO da Vale
Foto: Mateus Bonomi / Agif / Estadão

"A Vale humildemente reconhece que, seja lá o que a gente vinha fazendo, não funcionou, já que uma barragem caiu", disse Schvartsman, ao falar em reunião de comissão externa da Câmara dos Deputados, destinada a acompanhar as investigações da tragédia em Brumadinho, além de outras questões relacionadas.

O executivo também afirmou aos deputados que a empresa "é uma das melhores, se não a melhor empresa que eu jamais conheci na minha vida", e defendeu que ela não seja condenada pelo ocorrido, que deixou mais de 300 vítimas, incluindo mortos e desaparecidos.

"É uma joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu numa de suas barragens, por maior que tenha sido a sua tragédia", afirmou.

O rompimento da barragem que atendia a mina Córrego de Feijão e que tinha mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, despejou no dia 25 de janeiro uma onda de lama que atingiu refeitório e área administrativa da Vale, além de mata, rios e comunidades da região.

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