Petróleo fecha em alta, com quadro na Venezuela e após relatório de estoques

30 jan 2019 - 18h13

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 30. A commodity foi ainda apoiada pelas sanções dos Estados Unidos à petroleira estatal venezuelana PdVSA nesta semana, além de reagir ao relatório de estoques dos EUA divulgado pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).

O petróleo WTI para março fechou com ganho de 1,72%, em US$ 54,23 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril avançou 0,56%, a US$ 61,54 o barril, na ICE.

Publicidade

Na segunda-feira, o governo americano anunciou sanções à PdVSA como meio de pressionar o presidente Nicolás Maduro. A administração do presidente Donald Trump já decretou apoio a Juan Guaidó, autointitulado presidente interino, e hoje Trump tratou do assunto no Twitter. Segundo ele, Maduro se disse disposto a negociar depois das sanções e do corte das receitas do petróleo. Maduro repetiu hoje que está disposto a dialogar com a oposição para resolver a crise política, porém Guaidó rejeitou ofertas similares anteriores, qualificando-as como convites a um "falso diálogo".

A possibilidade de que a crise política prejudique as exportações venezuelanas apoia os contratos. Além disso, o petróleo ganhou mais força à tarde, após o relatório do DoE. Os estoques de petróleo dos EUA aumentaram 919 mil barris na última semana, abaixo da previsão de alta de 3,1 milhões de barris dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. As reservas de gasolina caíram 2,235 milhões de barris, o que contrariou a previsão de alta de 2,3 milhões de barris, enquanto as de destilados caíram 1,122 milhão de barris, ante previsão de queda de 1,7 milhão, e a produção média diária manteve-se em 11,9 milhões de barris.

Depois do dado do DoE, o petróleo ganhou mais força. O dia no mercado foi também de expectativa com a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O Fed decidiu manter a taxa básica de juros, como esperado pelos investidores. Além disso, o presidente da instituição, Jerome Powell, afirmou que o argumento por uma elevação dos juros se enfraqueceu e o BC ressaltou que os dirigentes terão "paciência" em suas decisões, diante do quadro atual.

TAGS
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações