AO VIVO
Terra Agora discute mudanças climáticas, PEC das Praias e morte após peeling com fenol

Petrobras (PETR4): situação das contas do governo causou mudança no pagamento de dividendos, diz coluna

5 abr 2024 - 11h18
(atualizado em 10/4/2024 às 14h19)

A mudança de ideia do governo em relação à Petrobras (PETR4), orientando que a estatal pague os dividendos extraordinários para os acionistas, ocorreu devido à percepção de que a Fazenda vai precisar de mais recursos para conseguir manter a esperança do déficit zero em 2024. A apuração é da colunista Ana Flor, do G1.

Segundo a publicação, a meta da equipe econômica foi gravemente comprometida nesta semana, com a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de não prorrogar o trecho de uma medida provisória que reonerava a folha de pagamento de cerca de 3 mil municípios.

Publicidade

Ainda de acordo com a coluna, há poucos meses, o governo já tinha amargurado a perda em relação ao Perse - programa para o setor de eventos - e na desoneração de setores da economia. A equipe econômica do governo contava com essa reoneração dos municípios a partir de abril para reforçar o caixa federal em cerca de R$ 10 bilhões.

Assim, diz a coluna, com a decisão de Pacheco, as folhas desses municípios voltam a ser desoneradas, e a Fazenda precisa recompor as contas. Como o governo arrecada 37% sobre os valores dos dividendos pagos pela estatal, essa pode ser a saída para manter o equilíbrio das contas.

Nesta sexta-feira (5), o conselho de administração da Petrobras se reúne para discutir sobre a saúde financeira da companhia e a possibilidade de distribuir parte dos dividendos extraordinários represados. A decisão sobre os dividendos da Petrobras, no entanto, só deve sair no dia 25, em reunião da assembleia da empresa.

Petrobras (PETR4): após ataques, presidente está 'no limite', diz coluna

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, não tem feito questão de esconder o quanto se ressente por ter virado alvo preferencial de ataques do ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia. O executivo da estatal disse estar cansado e próximo de seu limite, segundo fontes informaram à coluna de Renata Agostini, do jornal O Globo.

Publicidade

De acordo com a publicação, mesmo entre os que apoiam Prates e confiam que ele não entregará facilmente os pontos, há um reconhecimento de que o clima mudou. O presidente da Petrobras está desgastado e seus rivais não dão sinais de que pretendem retroceder, diz a coluna.

Na quinta-feira (4), os papéis da Petrobras operaram em forte oscilação na B3 (B3SA3). Eles chegaram a abrir em alta, passaram a cair com especulações sobre eventual demissão do presidente da estatal, mas depois voltaram a subir após notícias de que o governo chegou a um acordo para distribuir dividendos extraordinários retidos em março.

Por fim, as ações preferenciais da Petrobras terminaram o dia em queda de 1,41%, cotadas a R$ 37,88, enquanto as ações ordinárias de Petrobras caíram 0,46%, a R$ 39,12.

Em comunicado divulgado no fim da tarde de quinta-feira (4), a Petrobras informou que não há decisão quanto à distribuição de dividendos extraordinários da empresa, e que essa medida só deve ser tomada após assembleia com acionistas, prevista para acontecer no dia 25 deste mês.

Publicidade
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se