Petrobras elege novo conselho nesta quinta-feira

Empresa tem vivido uma crise política que quase resultou na queda do presidente da estatal, Jean Paul Prates

25 abr 2024 - 09h27
(atualizado às 09h57)

A Petrobras realiza nesta quinta-feira (25) uma assembleia de acionistas para eleger um novo conselho de administração e decidir sobre o pagamento de dividendos extraordinários. Essa questão tem sido o foco de uma crise política que quase resultou na queda do presidente da estatal, Jean Paul Prates.

Petrobras elege novo conselho nesta quinta
Petrobras elege novo conselho nesta quinta
Foto: feira (25) - Fernando Frazão/Agência Brasil / Perfil Brasil

No que diz respeito à eleição do conselho, o governo busca ampliar sua influência direta sobre a empresa. Já a decisão sobre os dividendos visa melhorar a percepção dos investidores sobre a companhia, que foi abalada pelos debates em torno do tema.

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Entenda a questão dos dividendos

A disputa pelos dividendos é uma questão antiga, iniciada ainda no governo Lula, quando a política de remuneração aos acionistas da Petrobras gerou críticas. Em 2023, Prates implementou uma mudança nessa política, reduzindo ligeiramente o percentual a ser distribuído, mas sem desagradar muito os investidores privados.

Em março, o governo vetou uma proposta da diretoria da empresa para distribuir 50% de dividendos extraordinários de R$ 43 bilhões, argumentando que isso poderia afetar os investimentos da companhia. Essa decisão causou queda nas ações da estatal e aumentou a pressão sobre Prates, mas foi revista na semana passada por ordem de Lula. Agora, deve ser aprovada na assembleia com o voto do governo e dos acionistas minoritários.

A votação para o conselho envolve 10 das 11 cadeiras, das quais uma é reservada aos representantes dos trabalhadores e será ocupada novamente por Rosângela Buzanelli. Outras duas cadeiras são para representantes de acionistas minoritários.

O governo apresentou uma lista com oito nomes para as cadeiras restantes, sendo cinco deles já membros do conselho. Os dois assentos provavelmente serão ocupados pelos atuais detentores, o banqueiro João José Abdalla e o advogado Marcelo Gasparino, indicados pelo banco Clássico, de Abdalla, com o apoio de outros minoritários.

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