Odebrecht propõe que credores troquem dívida por títulos com direito a resultados futuros

26 ago 2019 - 20h51

O grupo Odebrecht apresentou nesta segunda-feira a credores seu plano de recuperação judicial, propondo que eles troquem seus recebíveis por títulos de pagamento com base nos resultados futuros da companhia.

Homem passa na frente do edificio sede da Odebrecht, em São Paulo. 29/7/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Homem passa na frente do edificio sede da Odebrecht, em São Paulo. 29/7/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Em comunicado, o presidente-executivo da companhia, Luciano Guidolin, afirmou que uma redução da dívida decorrente do acordo garantirá "a atividade produtiva, a preservação de empregos e a geração de valor para todos os stakeholders".

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Em junho, cerca de três anos após ter sido atingida pelos efeitos de uma profunda recessão no Brasil e das investigações da operação Lava Jato, a Odebrecht formalizou seu pedido de recuperação judicial, num dos maiores processos do tipo na história no país.

O processo exclui a Atvos (do setor de etanol), que fez um pedido isolado de recuperação judicial, além da Braskem, da empreiteira OEC, da Ocyan (do setor de óleo e gás), da incorporadora OR, da Odebrecht Transport e do estaleiro Enseada. O plano envolve 51 bilhões de reais de dívidas concursais, ou seja, passíveis de reestruturação. Outros 14,5 bilhões de reais são compostos sobretudo por dívidas lastreadas em ações da Braskem e não passíveis de reestruturação. O montante também exclui dívidas cruzadas entre as unidades do grupo, de cerca de 30 bilhões. No total, o conglomerado tem dívidas de 98,5 bilhões de reais.

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