Pix faz 5 anos e ganha novas versões: entenda o que muda e como usar cada uma

Novas versões como o Automático, Inteligente e Parcelado já redefinem o jeito de pagar e receber no país

14 nov 2025 - 06h00
Resumo
Pix comemora cinco anos com novas modalidades, como Automático, Inteligente e Parcelado, que diversificam seu uso e consolidam o sistema como principal meio de pagamento digital do Brasil.
Foto: Adobe Stock

O Pix completa cinco anos no dia 16 de novembro, já consolidado como o principal meio de pagamento do país e um símbolo da transformação digital brasileira. Em apenas meia década, o sistema criado pelo Banco Central se tornou onipresente, usado por mais de 150 milhões de brasileiros e adotado por praticamente todos os bancos, fintechs e grandes plataformas.

Mas o Pix de 2025 é muito diferente daquele lançado em 2020. Hoje, ele dá origem a um verdadeiro ecossistema de modalidades, que ampliam seu alcance e adaptam o modelo original a novas necessidades do mercado. Pix Automático, Pix Agendado, Pix por Aproximação e o aguardado Pix Parcelado são apenas algumas das inovações que estão moldando o futuro dos pagamentos instantâneos.

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Segundo especialistas do Iniciador, empresa referência em infraestrutura de pagamentos e Open Finance, essa diversificação representa uma nova fase de maturidade do sistema, consolidando-se como a principal forma de pagamento digital no país com mais de 290 milhões de transações e R$ 164,8 bilhões transferidos em um único dia em setembro de 2025. No entanto, a pluralidade de opções também traz o desafio de explicar ao público o papel de cada modalidade.

“O Pix deixou de ser apenas uma transferência imediata. Ele agora faz parte de uma infraestrutura de pagamentos mais inteligente e integrada, que se conecta a hábitos cotidianos e amplia o acesso financeiro da população”, explica Gustavo Bresler, COO do Iniciador.

Pix Automático 

Permite a configuração de débitos automáticos via Pix, ideal para pagamentos recorrentes de valores fixos ou variáveis. O recebedor pode definir o período de recorrência, o limite máximo por pagamento e a data de expiração da autorização, além de contar com a possibilidade de realizar novas tentativas em até 7 dias após a data de liquidação. A conta recebedora deve ser obrigatoriamente uma conta PJ.

Quando usar: cobranças recorrentes, pagamentos de contas, parcelamentos, assinaturas e mensalidades.

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Pix Agendado ou Recorrente

Possibilita programar pagamentos para datas futuras, como compromissos fixos e despesas planejadas. Viabiliza que usuários possam automatizar pagamentos de valores fixos em até 60 datas, com dois anos de antecedência, tudo isso com apenas uma autorização. Todas as informações podem já ser pré-configuradas pelo usuário. Essa funcionalidade elimina o risco de esquecimentos e a inadimplência, além de oferecer custos de transação mais baixos que boletos bancários e cartões de crédito.

Quando usar: cobranças recorrentes, mensalidades, assinaturas, investimentos planejados e despesas periódicas.

Pix por Aproximação

Leva o Pix ao varejo físico, se beneficiando da Jornada Sem Redirecionamento para permitir que carteiras digitais adicionem o Pix como meio de pagamento por aproximação em maquininhas e pontos de venda (POS) habilitados com NFC, semelhante ao uso de cartões por aproximação.

Quando usar: indicado para compras presenciais rápidas, com a conveniência do contato por aproximação.

Pix – Pague com o App (via Open Finance)

Permite iniciar um pagamento dentro de aplicativos e sites parceiros. Ao invés de copiar e colar códigos ou ler QR Codes, o usuário pode realizar pagamentos diretamente no site ou app onde está navegando, sendo redirecionado para o aplicativo do seu banco apenas para aprovar a transação. O processo é até 50% mais rápido que os métodos tradicionais, com notificações instantâneas para o recebedor em caso de aprovação, rejeição ou cancelamento.

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Quando usar: Checkouts Online, Pagamentos In-App, Cobranças e Links de Pagamento e Pagamentos Conversacionais.

Pix Inteligente

Permite a configuração de regras para automatizar transações instantâneas entre contas de mesma titularidade. Essa funcionalidade abre portas para a programação de transações baseadas em eventos, como identificação de saldo negativo em uma conta e o envio automático de fundos disponíveis em outra conta para cobrir cheque especial. Utiliza o Open Finance para comunicar entre bancos e fintechs diferentes.

Quando usar: Gestão financeira inteligente (PF e PJ), cobertura automática de cheque especial e investimentos inteligentes (maximização de rendimentos e investimentos automatizados).

Pix Parcelado (em fase final de definição pelo Banco Central)

A grande novidade prevista para 2025 permitirá parcelar compras via Pix, mantendo a liquidação imediata para o recebedor. O Banco Central discute com o setor financeiro se o modelo seguirá o crédito direto ou intermediado pelas instituições participantes.

Quando usar: compras de maior valor, oferecendo uma alternativa rápida e sem cartão de crédito.

A importância da educação financeira e do Open Finance

Embora as novas modalidades tragam conveniência e flexibilidade, o Iniciador destaca que o sucesso do Pix depende também de educação financeira e transparência.

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“Com tantas opções, é essencial que o consumidor entenda as diferenças e saiba quando usar cada uma delas. Isso garante mais controle, segurança e aproveitamento das vantagens do sistema”, comenta Bresler.

De acordo com o Banco Central, 85% das transações financeiras no Brasil já são feitas por celular. A integração entre Open Finance e Pix promete acelerar ainda mais esse processo, conectando contas, serviços e experiências dentro de um ecossistema digital mais fluido.

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