URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Lula sanciona Orçamento com R$ 4,9 bi para fundo eleitoral e corta R$ 5,6 bi de emendas de comissão

Segundo o relator Luiz Carlos Motta, ministra Simone Tebet irá apresentar opções de corte até a próxima semana; Randolfe Rodrigues afirma que veto não visa alocar recursos para o Novo PAC

22 jan 2024 - 19h27
(atualizado às 20h30)
Lula sanciona Orçamento com R$ 4,9 bi para fundo eleitoral e corta R$ 5,6 bi de emendas de comissão
Lula sanciona Orçamento com R$ 4,9 bi para fundo eleitoral e corta R$ 5,6 bi de emendas de comissão
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira, 22, a Lei Orçamentária Anual (LOA) com vetos que incluem um corte de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares de comissão. A informação foi confirmada pelo relator do Orçamento de 2024, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), e pelo senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso. A medida deve ser publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 23. 

Segundo Randolfe, foi mantido o valor de R$ 4,9 bilhões do Fundo Eleitoral para campanhas municipais, aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado. A cifra é recorde para eleições do Poder Executivo nos municípios. "Falando pela área econômica do governo, até poderíamos optar ou preferir um fundo menor, mas foi uma decisão do Congresso", disse.

Publicidade

Já o corte de R$ 5,6 bilhões nas emendas de comissão, aprovadas pelo Congresso em R$ 16,6 bilhões, foi necessário devido à diferença entre o IPCA estimado e o realizado — a inflação de 2023 fechou em 4,62%, mas as despesas foram calculadas sobre projeção de alta de 4,85%.

"O presidente sancionou o Orçamento com alguns vetos. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, vai concluir de onde (nas comissões) vão ser retirados esses vetos nos próximos dias. Logicamente, pela redução do IPCA, o governo perdeu a arrecadação e, por isso, ele teve que fazer alguns cortes, que a ministra se comprometeu em fazer isso o mais rápido possível, para nos passar e discutirmos como vai ser a reposição disso", afirmou.

Essas emendas são consideradas as "herdeiras" do chamado orçamento secreto, extinto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, porque também seguem a lógica de distribuição segundo os interesses das cúpulas da Câmara e do Senado.

Motta afirmou que a diferença apresentada por Tebet em reunião foi de R$ 5,6 bilhões, e que a redução no Orçamento incluía as emendas, mas sem especificar o tipo. Já Randolfe confirmou se tratarem de emendas de comissão. O Estadão/Broadcast antecipou na sexta-feira, 19, que havia a expectativa de veto de R$ 5,5 bilhões do total de R$ 16,6 bilhões destinados às emendas de comissão.

Publicidade

O prazo para a sanção do Orçamento termina nesta segunda-feira, 22. Motta inicialmente havia dito que o ministério do Planejamento apresentaria as opções de corte até a próxima semana. "A ministra do Planejamento ficou de fazer isso o mais rápido possível porque ela ainda não tem onde vai ser cortado, vai fazer durante esses próximos dias e se comprometeu a se reunir com a gente na próxima semana ou no comecinho de fevereiro para analisarmos", disse.

Ainda segundo o deputado, o governo teria se comprometido a negociar a reconstrução do valor total de emendas.

Motta participou de reunião com o presidente Lula e os ministros Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Esther Dweck (Gestão).

Novo PAC

O senador Randolfe Rodrigues também esteve no encontro. Segundo ele, o veto na LOA não necessariamente foi para alocar recursos no Novo Programa de Aceleração (PAC), e a peça orçamentária será sancionada com R$ 54,5 bilhões ao programa.

De acordo com ele, o veto das emendas foi "unicamente" devido à diferença entre o IPCA estimado e o realizado.

"Tem uma circunstância no orçamento que temos, governo e Congresso, que celebrar, que é o fato de termos tido uma inflação menor. Tendo inflação menor, temos uma previsão de receita menor. Isso impôs alguns vetos. Tivemos que destinar um veto de R$ 5,6 bilhões, estabelecendo R$ 11 bilhões para os recursos de comissão", afirmou.

Publicidade

Randolfe destacou que o veto visa "acomodar recursos no orçamento", não necessariamente ao PAC. "Vamos agora debater e conversar com o Congresso para encontrar as melhores soluções".

Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações