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Ibovespa cai mais de 2%, flerta com novas mínimas desde março

20 set 2021 - 11h35

Expectativa de aperto monetário no Brasil e nos Estados Unidos e de calote no mercado imobiliário chinês nesta semana empurrava o principal índice da bolsa paulista ladeira abaixo nesta segunda-feira, buscando novas mínimas em 2021.

REUTERS/Paulo Whitaker
REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Pressionado sobretudo por papéis de alta liquidez, como das gigantes de commodities Petrobras e Vale e de grandes bancos, o Ibovespa tinha desvalorização de 2,4% às 11:29 para 108.730,22 pontos, menor nível intradia desde o início de março. O giro financeiro da sessão era de 8,78 bilhões de reais.

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Segundo profissionais do mercado, o risco da incorporadora chinesa Evergrande não pagar juros de dívida que vencem nesta semana e na próxima deve agravar a desaceleração da economia.

Isso piorava as previsões para a economia mundial, cuja recuperação dos efeitos da pandemia já sofria revezes na Europa e nos Estados Unidos com a disseminação da variante Delta, derrubando commodities como minério de ferro e petróleo.

"Além disso, as atenções estão voltadas para a reunião do Fomc na quarta-feira, que poderá trazer detalhes sobre a redução do programa de ativos", afirmou em nota a clientes a equipe de pesquisa econômica do Bradesco em alusão a encontro do comitê de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira.

Simultaneamente, o Banco Central brasileiro anuncia também na quarta-feira a nova taxa de juro, com o consenso do mercado de que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano, o que pode reduzir ainda mais a previsão de alta do PIB brasileiro em 2022, enquanto ainda enfrenta inflação alta.

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"Esse ambiente pode pesar em setores que dependem tanto de linhas de crédito acessíveis como de mais estímulos econômicos", afirmou Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora.

DESTAQUES

- VALE caía 3,8%. Na sexta-feira, o UBS cortou a recomendação para a ação de 'compra' para 'venda', estimando que um excedente de minério de ferro de cerca de 150 milhões de toneladas deve crescer em 2022.

- PETROBRAS perdia 2,9%, na esteira da queda dos preços internacionais do barril de petróleo.

- BRADESCO recuava 2,45%, liderando as perdas entre grandes bancos brasileiros. ITAÚ UNIBANCO cedia 2,1%. BANCO INTER PN declinava 5,4%, com investidores preferindo vender ações com grande valorização nos últimos meses para embolsar ganhos.

- COPEL subia 5,4%, uma das poucas altas do índice. A companhia elétrica paranaense informou na sexta-feira que vai distribuir 1,437 bilhão de reais em remuneração a acionistas, a serem pagos em 30 de novembro.

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(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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