Ibovespa cai com recuo de commodities e previsões para Selic; Usiminas desaba

23 abr 2024 - 11h13

O Ibovespa recuava nesta terça-feira, com Usiminas entre os piores desempenhos, em baixa de 9%, após resultado do primeiro trimestre e projeções de estabilidade em volumes de vendas de minério de ferro e aço no segundo trimestre.

Às 11h02, o Ibovespa caía 0,68%, a 124.723,82 pontos, tendo ainda de pano de fundo queda dos preços do minério de ferro e o petróleo no exterior, enquanto a pesquisa Focus mostrou alta nas estimativas para a Selic no final deste ano e em 2025. O volume financeiro no pregão somava 4,4 bilhões de reais.

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"O mercado está na iminência da primeira tendência de baixa no curto prazo do ano", afirmaram analistas do Itaú BBA no relatório Diário do Grafista, citando que a queda tem como próximos objetivos suportes em 120.000 e 111.600 pontos.

No exterior, Wall Street mostrava um tom positivo, com o S&P 500 em alta de 0,71%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos Estados Unidos marcava 4,5942%, de 4,623% no fechamento da véspera.

DESTAQUES

- USIMINAS PNA caía 9,27%, a 9,59 reais, após divulgar uma queda de 47% no resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado nos primeiros três meses do ano. A companhia também estimou estabilidade no volume de vendas de minério de ferro e aço no segundo trimestre.

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- FLEURY ON avançava 4,50%, a 14,64 reais, entre as poucas altas do dia, após acordo para comprar o centro de diagnóstico São Lucas por 69,8 milhões de reais.

- MAGAZINE LUIZA ON recuava 2,61%, a 1,49 reais, com ações sensíveis a juros como um todo pressionadas pelo aumento nas taxas dos contratos de DI com vencimentos mais longos. O índice do setor de consumo na B3 tinha declínio de 0,4%.

- MRV&CO ON era negociada em baixa de 2,14%, a 6,41 reais, com o setor imobiliário também afetado pelo movimento na curva futura de juros local.

- VALE ON caía 1,50%, a 62,38 reais, com os preços futuros do minério de ferro fechando em baixa pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira na China. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian cedeu 1,91%, a 849 iuans (117,17 dólares) a tonelada, uma mínima desde 17 de abril.

- PETROBRAS PN cedia 0,65%, a 41,23 reais, após seis pregões seguidos de alta, período em que acumulou um ganho de 6,57% relacionado apoiado principalmente pelo noticiário envolvendo dividendos extraordinários da companhia. No exterior, o barril de petróleo Brent perdia 0,2%.

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- ITAÚ UNIBANCO PN ganhava 0,76%, a 31,77 reais, enquanto BRADESCO PN subia 0,29%, a 13,62 reais.

- ASSAÍ ON valorizava-se 1,92%, a 13,82 reais, tendo no radar relatório do JPMorgan elevando a recomendação das ações para "overweight" e o preço-alvo de 15 para 17,50 reais. Os analistas do banco também aumentaram o preço-alvo de Carrefour Brasil de 12,50 para 13 reais, mas reiteraram classificação "neutra". CARREFOUR BRASIL ON, que divulga dados de vendas após o fechamento nesta terça-feira, cedia 0,62%, a 11,16 reais.

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