FCStone reduz em 4% estimativa de 2ª safra de milho do Brasil por seca

2 mai 2018 - 12h23
(atualizado às 12h46)

O Brasil deverá produzir 60,52 milhões de toneladas de milho na segunda safra da temporada 2017/18, estimou nesta quarta-feira a consultoria INTL FCStone, reduzindo em cerca de 4 por cento a previsão na comparação com levantamento divulgado em abril, devido ao tempo seco.

No levantamento de abril, a FCStone estimava uma produtividade média de 5,37 toneladas por hectares, volume que foi reduzido agora para 5,15 toneladas por hectare.

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"Houve diminuição do potencial de produtividade em grandes Estados produtores, como Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná", afirmou a consultoria em nota.

"Como ocorreram atrasos no plantio, uma parte importante das lavouras passou por fases importantes de desenvolvimento, em que bons volumes de água são necessários, na segunda quinzena de abril, em meio a níveis de precipitação consideravelmente abaixo do normal para o período", acrescentou.

Na temporada passada, quando o clima colaborou, o Brasil produziu um recorde de 67,36 milhões de toneladas na safra colhida no inverno.

No caso da primeira safra de milho 2017/18, colhida no verão, a FCStone não mudou suas previsões ante abril, mantendo a produção em 23,37 milhões de toneladas, o que representa uma queda de mais de 20 por cento frente ao ciclo anterior.

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Dessa forma, a produção total do país foi projetada em 83,9 milhões de toneladas, ante recorde de 97,8 milhões de toneladas de toneladas na safra passada.

Após um mês de abril com escassez de chuva, maio começa com perspectivas de manutenção do déficit hídrico em importantes regiões produtoras na comparação com a média histórica, segundo dados do terminal Eikon, da Thomson Reuters.

Exportação

Mesmo com a estimativa de uma produção menor de cereal, a FCStone espera uma elevação das exportações, estimadas em 32 milhões de toneladas, o que configuraria um novo recorde.

"A quebra da safra argentina deve favorecer os embarques do milho brasileiro. Com isso, os estoques finais devem fechar em 11,8 milhões de toneladas, nível ainda bastante confortável", disse a analista Ana Luiza Lodi no relatório da consultoria.

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