O dólar mantinha sua trajetória de baixa ante o real nesta quarta-feira após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não surpreender e manter sua taxa básica de juros, continuando a indicar que futuras e esperadas altas serão feitas de maneira gradual.
Às 15:31, o dólar recuava 0,15 por cento, a 3,7492 reais na venda, depois de ir a 3,7707 reais na máxima do dia. O dólar futuro caía cerca de 0,20 por cento.
"Ninguém esperava que o Fed elevasse as taxas hoje, e ninguém esperava que o comitê recuasse de seus planos de novos aumentos", afirmou o analista da gestora CIBC, Avery Shenfeld, em nota. "Então continua o dia", acrescentou.
Em sua decisão divulgada nesta tarde, o Fed manteve a taxa de juros no intervalo entre 1,75 e 2 por cento, mas classificou a economia como forte, mantendo-o no caminho para aumentar os custos dos empréstimos em setembro.
Segundo cálculos do CME Group, os juros futuros dos EUA precificavam 91 por cento de chances de alta dos juros para o intervalo de 2 a 2,25 por cento em setembro e 71 por cento de apostas de outra elevação, para 2,25 a 2,50 por cento, em dezembro.
Os investidores estão de olho sobre os possíveis impactos da guerra comercial dos EUA contra outros países na maior economia do mundo e eventuais impactos na política monetária do Fed. Taxas mais elevadas nos EUA ajudam a atrair recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.
No exterior, o dólar operava com leve alta ante uma cesta de moedas e subia sobre boa parte das divisas de países emergentes, como o peso chileno, lira turca e rublo.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 240 milhões de dólares do total que vence em setembro. Esse foi o primeiro leilão para essa rolagem.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá rolado o total que vence de 5,255 bilhões de dólares.