Ministro das Finanças do Japão alerta mercados conforme iene se aproxima da zona de perigo de intervenção

26 set 2023 - 08h28

O ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, disse nesta terça-feira que as autoridades não descartarão nenhuma opção para lidar com a volatilidade excessiva da moeda, enfatizando uma advertência que manteve os operadores em alerta para uma intervenção para sustentar o iene.

Ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki
13/05/2023. Shuji Kajiyama/Pool via REUTERS//File Photo
Ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki 13/05/2023. Shuji Kajiyama/Pool via REUTERS//File Photo
Foto: Reuters

Pressionada pela política monetária ultrafrouxa do Japão, a moeda caiu nos últimos dias na direção de 150 por dólar, um nível visto pelos mercados financeiros como uma linha vermelha que estimularia as autoridades japonesas a intervir, como fizeram no ano passado.

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"A volatilidade excessiva é indesejável", disse o ministro a repórteres.

Mais tarde, quando o iene caiu para além de 149 por dólar, seu ponto mais fraco desde outubro de 2022, ele disse que "estamos observando de perto os movimentos da moeda com um alto senso de urgência"

Esse aviso verbal provocou uma pequena recuperação do iene, destacando como os mercados são sensíveis a uma possível intervenção.

O ministro sinalizou que o Japão está tentando obter o consentimento de seus principais aliados do G7 para tomar medidas, se necessário.

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"Compartilhamos a opinião dos EUA e de outras autoridades de que a volatilidade excessiva é indesejável", disse Suzuki.

As nações ricas do G7 estabelecem como regra que os países precisam informar suas contrapartes antes de intervir nos mercados de câmbio. A maior parte da intervenção anterior do Japão foi realizada na taxa de câmbio dólar/iene para conter o fortalecimento do iene, em vez de sua fraqueza, a fim de proteger as exportações de grande importância.

Analistas duvidam que o Japão consiga obter a compreensão dos EUA para intervir vendendo dólar em favor do iene, pois isso poderia agravar a inflação alta nos EUA.

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