Bolsa fecha na máxima e retoma nível de 107 mil pontos, com Caged e Petrobras

21 nov 2019 - 19h08

No retorno do feriado da Consciência Negra, o Ibovespa fechou nesta quinta-feira na máxima do dia, em alta de 1,54%, a 107.496,73 pontos, e recuperou nível não visto desde o encerramento da sessão de 8 de novembro. O dia foi de viés negativo para os índices de referência em Nova York e de alta superior a 2% nas cotações do petróleo, fator que beneficia as ações da Petrobras. O giro diário foi de R$ 19,5 bilhões. O Ibovespa acumula agora leve ganho de 0,26% no mês.

No plano doméstico, a geração de empregos em outubro, o sétimo avanço mensal consecutivo, contribuiu para alimentar a percepção de recuperação, ainda que gradual, da economia brasileira. O apelo por compras de ações foi reforçado também por avaliação positiva de grandes casas, como o UBS, que elevou a recomendação da bolsa.

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O dólar voltou a tocar a marca de RS 4,21 mais cedo na sessão, e acabou por se acomodar à faixa de R$ 4,19, a R$ 4,1930 (-0,25%) no fechamento da moeda à vista.

Os ganhos em São Paulo tiveram contribuição importante das ações da Petrobras, com a preferencial em alta de 3,72% e a ordinária, de 2,66% no fechamento, e do setor siderúrgico, especialmente Gerdau (+7,52% na preferencial) - o BTG Pactual reiterou recomendação de compra para Gerdau e manteve a ação como "top pick" entre as siderúrgicas.

Pelo segundo dia os preços da commodity fecharam em alta, com relato da Reuters de que a Opep e aliados devem estender os atuais cortes de produção, de 1,2 milhão de barris/dia, até junho de 2020. O grupo se reunirá no próximo dia 5.

Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante, chama atenção também para o efeito positivo da MP 905 sobre o passivo trabalhista de estatais como a Petrobras e a Eletrobrás. "Para a Petrobras, o efeito positivo é de R$ 24 bilhões em cinco anos", diz Guimarães.

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No exterior, embora persistam incertezas com relação às negociações entre Estados Unidos e China, o dia foi de perdas bem moderadas para os principais índices de Nova York, ainda próximos de suas máximas históricas.

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