Ações da Petrobras (PETR4) decolam no Ibovespa nesta quarta; veja por quê

10 abr 2024 - 14h12
(atualizado às 14h16)

As ações de Petrobras (PETR4) disparam nesta quarta-feira (10) no Ibovespa, liderando os ganhos do índice, com o mercado reagindo positivamente à descoberta por parte da estatal de uma acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, próximo à divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte.

No intradia, as ações PETR4 subiam 2,22%, cotadas a R$ 39,59, enquanto as ações PETR3 avançavam 2,71%, a R$ 40,88.

Publicidade

"Mais uma vez, isso comprova que a Petrobras tem um potencial de exploração ainda maior. Vai ser uma empresa que vai continuar crescendo, se tornando mais relevante, exportando mais. Se não fosse o ruído político, a Petrobras hoje era com certeza a 'top pick' de boa parte das gestoras do Brasil", pontua Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

Essa é a segunda descoberta da Petrobras na Bacia Potiguar neste ano, sendo precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no poço Pitu Oeste, localizado na concessão BM-POT-17, a cerca de 24 km de Anhangá.

Ambas as descobertas de acumulação de petróleo da Petrobras ainda devem passar por avaliações complementares, segundo a companhia. A estatal, que opera as duas concessões, detém 100% de participação.

"A Petrobras está em um momento excelente, a produtividade crescendo, lifting cost diminuindo, o preço de petróleo se mantendo em patamar alto. E a cada trimestre que passa ela consegue botar mais barris de petróleo por dia em termos de extração, diante de todos os investimentos bilionários dos últimos anos", completa Cruz.

Publicidade

Petrobras (PETR4): Alexandre Silveira nega definição sobre pagamento de dividendos

No centro da crise que envolve o comando da Petrobras, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, disse que o cargo de presidente da estatal cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e negou qualquer definição sobre o pagamento de dividendos.

Após evento de assinatura da Medida Provisória (MP) das Energias Renováveis e da Redução Tarifária no Palácio do Planalto, na terça-feira (9) ele negou que, junto com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, tenha fechado um acordo sobre a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras.

Segundo Silveira, o encontro foi para falar "sobre as possibilidades" de olho na melhora da economia brasileira.

"Não é verdade que nós acordamos entre nós qualquer coisa que seja sobre distribuição de dividendos", disse Silveira, que classificou o episódio como uma "grande especulação". "O que aconteceu entre nós foi um diálogo sobre as possibilidades…", comentou ele, acrescentando que o foco das conversas foi sobre as questões econômicas. "Foi para discutir como vamos revigorar a economia nacional, o resto foi especulação", acrescentou. "É natural que a gente tenha debate permanente com os ministros Rui e Haddad."

Silveira negou qualquer posicionamento sobre a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras. "Dizer que sou contra ou a favor de distribuição de dividendos não é informação precisa", comentou o ministro. "O que sou favorável é que tenhamos informações precisas para tomada de decisões sobre distribuição". A convicção, segundo ele, é que a estatal será a empresa mais valorizada do mundo dentro do segmento.

Publicidade
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações