Em janeiro de 2025, a coluna destacou a presença de Vinicius Vainner na tela de três canais em poucos meses: Band, CNN Brasil e Times Brasil/CNBC.
Ele personifica a experiência de passar por redações diferentes na busca da evolução profissional. Agora, o jornalista vive outra etapa, na Record.
Em conversa com a ‘Sala de TV’, Vainner ressalta a importância de conhecer variadas linhas editoriais e relata o recente período trabalhando nos bastidores.
Como aconteceu a transferência para a Record?
Antes, atuei como repórter em São Paulo pela CNN Brasil, CNBC e, mais recentemente, na Band, onde fui Coordenador de Produção Jornalística. Foi um grande desafio e uma experiência valiosa. Aceitei o convite da direção da emissora em São Paulo após ter trabalhado por cinco anos em uma afiliada da Band em outro estado. Apesar do aprendizado, a função me afastava daquilo que mais amo: estar nas ruas contando histórias da vida real.
É sua primeira vez na Record?
Sim, mas sempre admirei a linha editorial e a força da marca. A oportunidade surgiu de forma inusitada! Conheci uma das principais editoras da casa por meio de uma rede social, e hoje a chamo de minha ‘fada madrinha’. Ela mencionou que uma vaga na reportagem seria aberta, enviei meu currículo e, poucos dias depois, passei por uma seleção e fui chamado para uma reunião. Tudo aconteceu de maneira muito natural e deu certo! Atualmente, faço matérias e entradas ao vivo para o ‘Balanço Geral’ e participo de outros telejornais da emissora, como o ‘Fala Brasil’.
No período longe do vídeo, sentiu saudade do trabalho externo?
Muita! Sou um jornalista inquieto, apaixonado por gente e pela rua. A essência do jornalismo está fora da redação. É na rua que tudo acontece! Ser repórter é ter a certeza de que nenhum dia será igual ao outro. Cada pauta traz uma história, uma emoção e um aprendizado diferente. E é justamente essa imprevisibilidade que torna o trabalho tão fascinante.
Quais aprendizados carrega após ter passado por diferentes canais e linhas editoriais?
A principal lição é que o jornalista precisa acompanhar a evolução do mundo e da forma de se comunicar. O público mudou e a linguagem jornalística também. Ser um ‘camaleão’ no mercado atual é um grande diferencial. Independentemente da linha editorial, devemos estar preparados para entregar um jornalismo de qualidade em menos tempo, com ética, responsabilidade e veracidade. Essa é a base de tudo.
Como foi a experiência em bancadas de telejornais?
Tive esse privilégio desde cedo. Comecei a apresentar telejornais logo no início da carreira, em afiliadas de outros estados, e nunca mais parei. Em 2023, cheguei a apresentar dois telejornais diários diferentes e ainda era o repórter de rede, responsável por matérias nacionais. Mais recentemente, na CNBC, além de repórter, também apresentei os boletins de plantão nos fins de semana. Foi uma experiência marcante em um canal reconhecido mundialmente como o maior de negócios do mundo. Continuo aberto a novos desafios e oportunidades. O jornalismo é dinâmico e exige movimento, e é isso que me motiva todos os dias.
Qual a dica de ouro para um jovem jornalista que sonha ser repórter de TV?
Primeiro: ame o que faz! O jornalismo não é fácil, e os desafios são diários, mas o propósito precisa falar mais alto. Depois, se prepare com calma. Passe por diferentes etapas e setores, entenda bem todo o processo até chegar ao vídeo. E sempre leve consigo uma palavra essencial: sensibilidade. Ela é indispensável para escrever, entrevistar, contornar situações e até se apresentar diante das câmeras. Também é fundamental deixar os conceitos pessoais de lado. Ser repórter é praticar a neutralidade e levar a notícia de forma transparente e verdadeira. É isso que diferencia quem apenas informa de quem realmente faz jornalismo.