Nesta quinta-feira (6), Três Graças, novelas das 21h da TV Globo escrita por Aguinaldo Silva, não foi bem na audiência. A produção marcou apenas 20,4 pontos de média na Grande São Paulo, resultado aquém do esperado pela platinada.
Para se ter uma ideia, Êta Mundo Melhor!, que vai ao ar no horário das 18h, se saiu melhor que o folhetim da faixa nobre ao registrar 20,9 pontos. Dona de Mim cravou 23,6 pontos e o Jornal Nacional fechou com 24,6 pontos, sendo a atração mais vista do dia no canal.
O capítulo de Três Graças mostrou Bagdá (Xamã) e seus comparsas invadindo a mansão de Arminda (Grazi Massafera) para exigir a grana que Raul (Paulo Mendes) está devendo. Além disso, Gerluce (Sophie Charlotte) e Paulinho (Romulo Estrela) se beijaram pela primeira vez.
AGUINALDO SILVA FALA SOBRE TRÊS GRAÇAS
Entrevistado pelo Estadão, Aguinaldo Silva, autor de Três Graças, falou sobre a obra. "A linguagem da novela é do folhetim. E o folhetim é algo do século 19, que tem uma linguagem estratificada. Há certas regras que você não pode fugir - elas são rigorosas. Isso ajuda a você fazer uma novela em qualquer época, em qualquer lugar. São justamente essas regras que te auxiliam a transpor épocas. Claro, não sou alienado de escrever algo para agora como se eu estivesse no século 19, mas [fazer essa adaptação da linguagem] não é difícil, é muito fácil. Não tive dificuldade", declarou o escritor.
ESTILO
"Nessa novela estou fazendo algo mais no estilo Hitchcock. Há segredos que o público sabe e os personagens não sabem. E segredos que os personagens sabem, mas o público não sabe. É um jogo, gosto muito disso também. Há ainda a escultura, que fica na casa da Arminda. Ela tem uma história muito importante na trama, mas não vou adiantar o que é", desconversou o novelista.
VETERANO
"Sou um profissional. Escrevi 16 novelas. Gosto de escrever, de ficar em casa, de trabalhar. Me divirto muito quando estou trabalhando. Até tinha pensado em não fazer mais, porque é um trabalho pesado. Eu escrevo 30 páginas por dia. Mas, depois de cinco anos, pensei: Por que não mais uma? Agora, já estão me perguntando: Por que não mais uma depois dessa?", refletiu Aguinaldo.