Na semana passada, o telejornalismo da emissora líder em audiência optou não noticiar a entrevista de Lula aos jornais Folha de S. Paulo e El País.
Tal decisão gerou ruído. Quase todos os outros telejornais da TV brasileira abordaram o assunto.
A Globo foi acusada de negligenciar ao seu público um fato relevante com uma das maiores e mais polêmicas figuras políticas do País.
A direção da emissora parece ter sentido a dimensão das críticas. Na edição de sexta-feira (3), o JN informou a respeito de nova entrevista do petista, preso desde abril de 2018 na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Os âncoras Renata Vasconcellos e Dony De Nuccio citaram a conversa do ex-presidente com o jornalista Kennedy Alencar na qual Lula disse que pretende pedir progressão da pena por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá.
A notícia ocupou exatos 40 segundos do JN. Foi uma ‘nota seca’, como se diz no jargão jornalístico, ou seja, a leitura de um texto pelo apresentador sem a exibição de imagem.
Apesar de contestado e até ser alvo de tentativas de boicote, o Jornal Nacional está em ótima fase de audiência.
Na segunda-feira (29) registrou 31 pontos de média. Esse índice representa 6 milhões de telespectadores somente na Grande São Paulo.
O Jornal Nacional completará 50 anos no ar em setembro.
