A transmissão de lançamento da GE TV, com a partida entre Brasil e Chile, reuniu 1,4 milhão de pessoas simultaneamente.
Um número mediano se considerarmos que representa pouco mais de 20% do total de seguidores do canal no Youtube e longe dos 2,2 milhões de dispositivos conectados conseguidos pela CazéTV no jogo Corinthians e Cruzeiro em 25 de julho.
Esperava-se mais poder de engajamento da GE TV devido à overdose de divulgação que os veículos do Grupo Globo fizeram sobre o projeto nas últimas semanas.
Mas é necessário atentar que esse duelo de Seleções não gerou empolgação no geral, uma vez que o Brasil já havia assegurado vaga nas Eliminatórias da Copa de 2026.
Em relação à equipe, a expectativa se confirmou: narração, entrevistas e comentários baseados na informalidade e recheados de humor, assim como fazem Casimiro e sua turma.
Criticado na época em que apresentava o ‘Globo Esporte’, Tiago Leifert fez escola: a cobertura esportiva, especialmente do futebol, se tornou indissociável do tom piadista que agrada à torcida jovem das redes sociais.
A GE TV possui grandes talentos, resta imprimir personalidade própria para não parecer um canal genérico à sombra do fenômeno CazéTV.
Por enquanto, o carismático streamer tem 15 milhões a mais de seguidores do que a plataforma da Globo. O canal da família Marinho demorou demais para reconhecer a importância do YouTube para a audiência e a expansão dos negócios.
Não podemos, obviamente, subestimar o poder de mobilização da emissora. Prova disso é que a GE TV estreou com ‘cotas de fundação’ vendidas. Segundo o ‘Meio & Mensagem’, os valores de tabela variaram de R$ 15 milhões a R$ 40 milhões.
