Implementada em 2018, a Lei 13.772 tipifica a conduta de quem fotografa ou filma cena de nudez ou ato sexual sem a autorização do participante ou dos participantes.
Com base nesse recurso jurídico, a influenciadora digital Luisa Marilac pretende fazer a Justiça enquadrar um ex-parceiro de sexo casual que frequentava sua casa.
Em um momento de intimidade, o rapaz pegou o celular com o flash já ligado e começou a filmá-la nua, na cama. A ativista transexual relatou o episódio em vídeo postado em seu canal no YouTube.
"Consegui pegar o aparelho, apaguei aquele vídeo, mas tenho certeza que ele já estava gravando antes. Deve ter outro vídeo”, explicou. “Não é ser moralista, mas eu não queria ver meu corpo ‘jogado’ por aí (na internet). Eu me senti violentada".
Aos seguidores, Marilac disse se sentir "com vergonha" de contar o que aconteceu, porém acha necessário avisar a todos antes que sejam surpreendidos com o vazamento da gravação clandestina.
"Não tenho tabu com nada, já fiz filme pornô, fui garota de programa, aprendi a lidar com a vida. Mas, nessa situação, me senti estuprada. Me fez muito mal, mexeu com meu psicológico. Fiquei uózinha com isso".
Em outro momento do vídeo, ela desabafou: "Que vergonha! Que vergonha!".
Sempre bem-humorada, Luisa brincou que agora vai trancar o celular dos homens que frequentarem sua casa.
Em maio, a influencer lançou o livro 'Eu, Travesti' (Editora Record), escrito em parceria com a jornalista Nana Queiroz.
Na obra, ela relata suas memórias como adolescente vítima de preconceito e violência, os anos de prostituição na Europa e a reviravolta a partir do vídeo gravado numa piscina, na Espanha, que a tornou famosa da noite para o dia.
