Nascido no interior paulista, Kiko Pissolato nunca fugiu às raízes. “Sou caipira”, afirma. O ator transformou o estilo próprio e a paixão pelo campo em negócio: a grife American Bison, lançada este mês em parceria com o amigo Zeca Simon.
O conceito une o country do oeste norte-americano com a roça brasileira para um homem urbano e conectado com a vida tecnológica.
A marca faz parte do projeto de vida do ator. “No Brasil, o artista precisa de um plano B. A gente sabe que, infelizmente, viver de arte aqui é complicado, por conta da instabilidade do mercado de trabalho”, explica.
Mas a agenda de Kiko Pissolato está cheia: ele gravou participação especial na série juvenil ‘Juacas’, do Disney Channel, e em ‘Rio Heroes’, produção nacional da Fox, que irá ao ar em 2018.
Além disso, começará a rodar em setembro o primeiro longa-metragem como protagonista. No teatro, vai estrelar um espetáculo do premiado diretor João Falcão.
Famoso pelos personagens Maciel, de ‘Amor à Vida’ (Globo, 2013), e Bakenmut, de ‘Os Dez Mandamentos’ (Record, 2015), ele também escreve e produz peças.
Em conversa com o blog, Kiko Pissolato, 37 anos, falou a respeito do lado empresarial, vaidade e carreira:
Como surgiu a ideia da grife?
Partiu do Zeca, um amigo de Ribeirão Preto, que sempre curtiu o estilo de vida rural norte-americano. Roupa com pegada country, estilo texano, e referências esportivas como o baseball. Eu me interessei porque sempre me vesti desse jeito. Adoro camisa xadrez, bota, fivela. Quando ele me convidou para ser o rosto da marca, topei na hora e aí o papo evoluiu. Quando vi já estava muito envolvido no projeto. Resolvi fazer parte e entrar como sócio. Vi nessa oportunidade uma chance de conquistar mais segurança financeira.
A marca quer conquistar que tipo de cliente?
Todo e qualquer tipo de homem, sem exceção, independentemente de faixa etária, orientação sexual, enfim, uma roupa para todos que gostam de se vestir bem nessa linha country, um rústico moderno com personalidade própria. Um cara urbano que gosta das referências do campo. É uma roupa que serve para trabalhar, usar no dia a dia, ir para a balada e até malhar.
Como é sua relação com a moda?
Sempre me vesti do mesmo jeito. Tenho meu estilo e não fico variando conforme as tendências. A moda faz com que a gente consuma muito, troque de roupa o tempo todo. É assim porque a indústria precisa girar; o capitalismo funciona dessa maneira. Sou adepto do conceito da nossa marca: roupas de qualidade para usar por muitos e muitos anos. Eu tenho peças bem antigas. Uso um cinto, por exemplo, desde os meus quatorze anos. Defendemos uma moda masculina que são seja datada nem refém da onda consumista.
Qual o grau da sua vaidade?
Sou vaidoso na medida certa. Quando a gente faz TV, ganha muita coisa. Tenho um armário cheio. Eu doo muitas roupas. Nunca tive personal stylist, monto meu visual sozinho. Somente em ocasiões especiais, como um evento de gala, peço ajuda a algum profissional da moda.
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