Médico condenado por morte de Michael Jackson tenta liberdade
27 jan2012 - 23h50
(atualizado em 28/1/2012 às 09h13)
O médico Conrad Murray, condenado a quatro anos de prisão pela morte de Michael Jackson, requisitou aos tribunais californianos que o deixem em liberdade até o fim de seu processo de apelação, informou nesta sexta-feira o site TMZ.
Murray, de 58 anos, foi condenado por homicídio culposo pela Corte Superior do condado de Los Angeles em 7 de novembro, e recorreu da decisão à segunda instância um mês depois.
O júri considerou que Murray, que sempre defendeu sua inocência, foi o responsável pela overdose de anestésicos que matou o Rei do Pop em 25 de junho de 2009.
O doutor, que teve sua licença para exercer a medicina cassada, recebeu a máxima sentença possível pelo delito e começou a cumprir a pena de quatro anos já no dia de sua condenação.
Segundo seu advogado, Murray vive na prisão em condições próprias de um detento de "segurança máxima", já que se encontra isolado em sua cela e é escoltado pelos agentes penitenciários sempre com as mãos algemadas em suas movimentações pelo complexo.
A situação de Murray foi agravada por sua ruína econômica, de acordo com seu advogado, que reivindicou a libertação sem fiança até que se conheça o resultado da apelação.
O médico se mostrou propício à possibilidade de usar um bracelete eletrônico para ser controlado o tempo todo pelas autoridades.
Quase dois anos e meio depois da morte de Michael Jackson, no dia 27 de setembro de 2011, Conrad Murray, médico do cantor, entrou na Corte de Los Angeles como réu
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No julgamento, que durou cinco semanas, 49 testemunhas foram ouvidas e interrogadas pela acusação e defesa. De um lado, a promotoria culpava o médico de negligência ao administrar o remédio, perimtido apenas em hospitais e ambientes controlados. Do outro, a defesa tentava provar que o próprio Michael Jackson teria injetado a dose que o levou à morte
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Com tantas acusações, o resultado do julgamento se deu de acordo com o esperado. Foram dois dias de deliberações a portas fechadas para que o júri, composto por 12 pessoas, considerasse Conrad Murray culpado pelo homicídio involuntário de Michael Jackson
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A acusação se vez valer de uma imagem do artista, em que aparece morto na maca de um hospital, para reforçar suas colocações. O promotor David Walgren também apresentou ligações telefônicas entre Michael e seu ex-médico, nas quais o cantor relatava sua vontade de impressionar os fãs na turnê que faria em Londres
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Ed Chernoff, advogado de defesa de Murray, responsabilizou o próprio cantor pela morte, dizendo que praticava a automedicação do remédio, além de recorrer a um dermatologista em Beverly Hills para aplicar o analgésico Petidina (Demerol), considerado ilegal
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No dia 29 de novembro, o juiz Michael Pastor anunciou a pena máxima para o réu: quatro anos de prisão por ser considerado negligente no tratamento aplicado ao cantor, além de mentir para pessoas próximas sobre seu real estado de saúde e não sentir remorso pelas consequências de seus atos
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Já o chefe do corpo de bombeiros que tentou socorrer o cantor em sua casa, Richard Seneff, lembrou que Murray sequer citou a aplicação de Propofol, apenas mencionou a ingestão de Lorazepam, uma substância que estimula o sono
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Para complicar ainda mais a situação de Conrad Murray, o farmacêutico Tim Lopez, procurado para fornecer cremes para vitiligo, declarou ter vendido ao médico 225 frascos de Propofol entre abril e junho de 2009, totalizando 15,5 litros da substância
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O legista Christopher Rogers, responsável pela autópsia no corpo do cantor, classificou a morte como homicídio e defendeu sua tese apontando a intoxicação provocada pelo consumo de Propofol, agravada por Diazepan e Lorazepam
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O especialista Steven Shafer apontou Murray como responsável por cada gota da substância derramada no quarto do artista
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Os depoimentos das testemunhas somente pioraram a situação de Murray, que não conseguiu se esquivar das declarações e acabou se contradizendo em algumas delas. O assessor pessoal do artista, Michael Amir Williams, relatou que o médico não o pediu para solicitar uma ambulância quando o comunicou sobre o estado de saúde do artista