AC/DC, Maiden, Queen: veja 20 vocalistas substitutos do rock
13 mar2012 - 10h20
Durante 20 anos, Freddie Mercury liderou o Queen em uma das carreiras mais bem-sucedidas da história da música. No entanto, com sua morte, em 1991, a lendária banda britânica tomou a decisão de encerrar suas atividades - algo que só viria a mudar em 2003, quando anunciou o projeto Queen + Paul Rodgers, responsável pela primeira turnê do grupo desde a perda de seu protagonista.
Se antes parecia que o mundo jamais veria no mesmo palco ex-integrantes do quarteto fazendo um show completo somente com seus maiores hits, o sucesso de anos atrás foi tanto que o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor já confirmaram até um novo nome para assumir o posto de cantor em uma turnê em 2012: Adam Lambert, conhecido por conquistar a segunda colocação na oitava temporada do reality show American Idol.
Tais substituições, no entanto, não deram de volta ao Queen o status alcançado nas décadas de 1970 e 1980. Afinal, trocas de cantores têm o costume de levar bandas a perder espaço em pouco tempo, dada a importância do vocalista original - ou do line up de maior sucesso, em alguns casos - tanto para o público quanto para a crítica. E exemplos não faltam: Iron Maiden, Judas Priest, INXS, e até as brasileiras Sepultura e Angra, sofreram para tentar trazer de volta as glórias que um dia viveram com substitutos, sempre em vão.
Mas o oposto também pode ocorrer. O AC/DC, por exemplo, perdeu seu vocalista Bon Scott em 1980, morto em virtude de seus com álcool. No mesmo ano, a banda australiana já anunciou seu substituto, o carismático Brian Johnson, que deu voz às canções de Back in Black, álbum de rock mais vendido da história. De lá para cá, o quinteto só cresceu, sendo hoje o principal nome do estilo. Com o Genesis, cujo baterista, Phil Collins, assumiu os microfones com a saída de Peter Gabriel, em 1974, o mesmo aconteceu - com o grupo sendo alçado à categoria dos tops do rock progressivo.
Baseado no assunto, o Terra preparou um especial com vinte vocalistas que tiveram a difícil tarefa de substituir nomes consolidados entre os fãs. Alguns, mesmo com muito talento, acabaram falhando, tendo muitas vezes que devolver o espaço a seus antecessores; por outro lado, outros mantiveram ou até elevaram o sucesso de seus respectivos grupos, entrando para o hall das lendas do rock.
Paul Rodgers - Em 2007, mais de uma década depois da morte de Freddie Mercury, Brian May e Roger Taylor decidiram trazer o Queen de volta à ativa, com Paul Rodgers nos vocais. Apresentando-se como Queen + Paul Rodgers, o projeto rendeu DVD e giro pelo mundo. Em 2012, a dupla anunciou nova turnê, desta vez com o cantor Adam Lambert, famoso por participar do reality American Idol, no posto; veja outros substitutos da música
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Brian Johnson - Bon Scott pode até ser considerado até hoje a verdadeira voz do AC/DC, mas são inegáveis as enormes mudanças ocorridas no grupo após sua morte, em 1980. Naquele ano, a banda anunciou rapidamente seu substituto e lançou aquele que segue sendo o album mais vendido do rock: Back in Black. Com sua voz única, o carismático e sorridente Brian Johnson acabou se tornando quase tão emblemático ao grupo australiano quanto o lendário guitarrista Angus Young
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Ronnie James Dio - A saída de Ozzy do Black Sabbath, em 1978, deu à banda a voz que se tornou um dos maiores símbolos da história do metal. Com talento inversamente proporcional à altura, o baixinho Dio veio do Rainbow para fazer barulho frente ao quarteto, na que é por muitos considerada uma das melhores substituições do rock. Pouco antes de morrer, em 2010, ele voltou a se reunir com o grupo, adotando o nome Heaven and Hell, referência ao disco homônimo de 1980
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David Coverdale - Em 1973, o então desconhecido David Coverdale, que mais tarde viria a fundar o Whitesnake, se juntou ao Deep Purple, dividindo os vocais com o baixista Glenn Hughes. Burn, Stormbringer e Come Taste the Band são ainda considerados alguns dos trabalhos mais marcantes do quinteto, um dos mais importantes da história do hard rock britânico
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Sammy Hagar - A entrada de Sammy Hagar como substituto de David Lee Roth deu novo fôlego ao Van Halen. Já uma banda bem-sucedida na ocasião, em 1985, o cantor ajudou a banda a chegar pela primeira vez ao topo das paradas de sucesso americanas, com o disco 5150. Depois de gravar mais três discos, o vocalista deixou o quarteto. Gary Cherone entrou em seu lugar em fase de baixa do grupo, que trouxe Lee Roth de volta para uma reunião, em 2007
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Blaze Bailey - Tudo bem, Bruce Dickinson também foi um substituto. Mas é difícil considerá-lo uma 2ª opção no Iron Maiden, pois foi com ele que a banda se tornou o que é hoje. Em 1993, no entanto, Bruce a deixou e foi substituído por Blaze Bailey, na que foi uma das mais criticadas mudanças do rock. Em sua última turnê, de Virtual XI, em 1998, o clima era tão ruim que o suplente sequer viajava junto com seus colegas e, pelas costas, era achincalhado por eles
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William DuVall - Durante muito tempo, o Alice in Chains permaneceu inativo. Curiosamente, a morte do vocalista Layne Staley por overdose, em 2002, parece ter mudado os rumos da banda. Dois anos depois da tragédia, os integrantes remanescentes do quarteto voltaram a tocar juntos e, finalmente, em 2007, confirmaram William DuVall como seu novo vocalista
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Phil Collins - Talvez o caso do Genesis seja um dos mais curiosos de substituições no mundo da música. Baterista da banda, Phil Collins assumiu os vocais quando Peter Gabriel decidiu deixá-la para seguir carreira solo. Com o tempo, ele levou o grupo a se consolidar como um dos nomes mais bem-sucedidos da história rock, com mais de 150 milhões de discos vendidos
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Tim "Ripper" Owens - A história de Tim "Ripper" Owens é tão curiosa que, em 2001, foi adaptada para os cinemas pelo longa Rock Star, estrelado por Mark Wahlberg e Jennifer Aniston. No entanto, as pressões mercadológicas fizeram com que a saga do cantor cover transformado em astro do rock com o Judas Priest caísse na mesmice de sempre: em 2003, Rob Halford, o "Metal God", anunciava seu retorno ao grupo que o consagrou, dez anos após deixá-lo
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Andi Deris - Apesar de a saída de Michael Kiske ser até hoje alvo de contestações por parte de fãs do Helloween, é fato que, quando esta ocorreu, a banda se afastava a cada dia mais de suas raízes metaleiras. O cantor de hard rock Andi Deris o substituiu e, mesmo sendo infinitamente inferior a seu antecessor tecnicamente, fez com que o quinteto retornasse ao estilo que o consagrou, voltando a ser um nome respeitado no meio
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Jon Stevens - Apesar de o INXS só ter voltado a gravar um disco com J.D. Fortune nos vocais, em 2005, o primeiro substituto de Michael Hutchence na banda foi o cantor neozelandês Jon Stevens, que ficou no posto entre os anos de 2002 e 2004. Em 1997, morreu o cantor original do grupo, que, depois disso, permaneceu quase cinco anos fora de atividade
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Michale Graves - Depois de batalhas judiciais com o vocalista original, Glenn Danzig, que deixou a banda em 1983, o Misfits voltou à ativa em 1995 com Michale Graves como cantor. A formação rendeu três discos, até ele abandonar o grupo, em 2000 - levando seu fundador, Jerry Only, a ocupar o posto desde então
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Steve Augeri - A saída definitiva de John Perry do comando do Journey, em 1998, parecia que iria marcar de vez o fim da banda. No entanto, o guitarrista Neal Schon e o baixista Ross Valory, da formação original, insistiram em manter o grupo norte-americano vivo, trazendo Steve Augeri para o posto de cantor. Em 2006, ele foi substituído por Jeff Scott Soto, que um ano depois deu lugar a Arnel Pineda nos vocais
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John Corabi - Apesar da qualidade vocal e da habilidade para escrever canções, John Corabi fracassou em sua curta passagem pelo Mötley Crüe, no qual substituiu Vince Neil entre os anos de 1992 e 1997. O fiasco nas vendagens de Mötley Crüe, de 1994, e a posterior baixa aceitação dos fãs durante a turnê, fez os norte-americanos voltarem atrás e trazerem o vocalista que os consagrou de volta ao barco
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Anette Olzon - Poucos dias depois de se apresentar em São Paulo como uma das atrações principais do extinto festival Live and Louder, em 2007, o Nightwish expulsou Tarja Turunen do posto de vocalista da banda. A sueca Annete Olson, sua substituta, foi escolhida após uma série de testes realizados pelo quinteto, o grande responsável por introduzir vocais femininos líricos com sucesso no heavy metal
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Johnny Solinger - Depois de uma apresentação marcada por garrafas voadoras e vaias, realizada na edição brasileira do festival Monsters of Rock, em 1996, Sebastian Bach foi expulso do Skid Row. Fisicamente bastante parecido com o vocalista original, Johnny Solinger foi recrutado para substituí-lo - o que faz até hoje apesar da irrelevância cada vez maior do grupo no meio do hard rock norte-americano
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Digão - Quando Rodolfo abandonou o Raimundos em 2001, a solução encontrada pela banda foi semelhante à tomada pelo Genesis para substituir Peter Gabriel: colocar um de seus integrantes para assumir os vocais. O desafio coube ao guitarrista Digão, que em 2009 passou o posto para Tico Santa Cruz, reassumindo-o na sequência, no ano seguinte
Foto: Renato Beolch
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Derrick Green - A demissão da mulher de Max Cavalera, Gloria Bujnowski, do posto de empresária do Sepultura levou o vocalista a abandonar a banda, em 1997. Para seu lugar foi chamado o norte-americano Derrick Green. Contudo, apesar de sua superioridade como cantor, o enfraquecimento do quarteto ficou notório por ter perdido sua grande referência no palco - fato recrudescido com a saída do baterista Igor Cavalera, em 2006
Foto: Ricardo Matsukawa
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Zélia Duncan - Passaram-se quase 25 anos até que Os Mutantes finalmente resolvessem substituir Rita Lee nos vocais do grupo. Em 2006, Sérgio Dias e Arnaldo Baptista se uniram a Zélia Duncan para uma turnê, que rendeu o disco Mutantes Ao Vivo - Barbican Theatre, Londres. A formação, no entanto, não durou, com a cantora abandonando o projeto no ano seguinte
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Edu Falaschi - Em 1999, quando lançou o disco Fireworks, o Angra era o grande representante do metal melódico nacional, com André Matos nos vocais. No ano seguinte, no entanto, devido a problemas com empresários, o quinteto se separou e trouxe Edu Falaschi para o posto. A passagem durou mais de uma década, rendeu 3 discos de estúdio, mas foi encerrada no ano passado, quando o cantor foi achincalhado depois do show do grupo no Rock in Rio devido a limitações vocais