Na TV, a maldade salta aos olhos de uma jagunça a serviço de bandidos. Nas telas de cinema, a sensibilidade no olhar de uma empregada doméstica que testemunha o horror da ditadura militar abalar uma família.
Pri Helena pode ser vista nessas duas realidades distintas. Na pele de Cacá, a atriz é um dos destaques de ‘Volta por Cima’, a agradável novela das 19h da Globo. Uma comédia com pitadas de drama e forte conscientização social.
Já em ‘Ainda Estou Aqui’, o filme brasileiro mais aclamado das últimas décadas, ela surge irreconhecível como Zezé, que trabalha na casa de Eunice e Rubens Paiva, papéis de Fernanda Torres e Selton Mello.
As obras em exibição simultaneamente permitem que o público e a crítica vejam a versatilidade do talento de Pri. Uma atriz intensa nas expressões faciais, na verbalização do texto e também nos silêncios, nas intenções.
Em ‘Volta por Cima’, sua personagem começou pequena, coadjuvante, e cresceu em importância na trama ao se tornar antagonista da heroína contemporânea Madá (Jéssica Ellen). Cacá é uma mulher passional, capaz de espancar alguém a mando da patroa contrabandista e, na sequência, externalizar amor e romantismo por Jão (Fabrício Boliveira).
Mineira, com 32 anos, a artista iniciou a carreira no teatro. A estreia na teledramaturgia foi com participações rápidas em ‘Travessia’ e ‘Os Outros’. Agora, mostra que veio para ficar. Merecidamente.