Movimentação intensa na PF antecipa possível saída de Bolsonaro para cirurgia

Movimentação intensa de Jair Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília marca dia atípico enquanto defesa pressiona por cirurgia e prisão domiciliar humanitária

11 dez 2025 - 14h39

Uma movimentação considerada fora do padrão chamou atenção, nesta quinta-feira (11), na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília (DF), onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre pena de 27 anos e 3 meses de prisão pela condenação ligada à "trama golpista" para se manter no poder, conforme apontado na decisão judicial. Segundo o Metrópoles, a expectativa gira em torno de uma possível autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que Bolsonaro deixe temporariamente o local a fim de realizar procedimentos cirúrgicos no Hospital DF Star. A defesa também reiterou o pedido de prisão domiciliar humanitária, citando o estado de saúde do ex-mandatário.

Movimentação intensa na PF antecipa possível saída de Bolsonaro para cirurgia
Movimentação intensa na PF antecipa possível saída de Bolsonaro para cirurgia
Foto: Reprodução CNN / Contigo

O cardiologista Brasil Ramos Caiado, integrante da equipe médica de Bolsonaro, foi visto entrando na superintendência para avaliá-lo diretamente na cela. A movimentação reforçou a possibilidade de que a análise médica seja usada para fundamentar o pedido de transferência hospitalar.

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Logo no início da manhã, o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, afirmou ter cancelado a inspeção autorizada na cela do ex-presidente. No entanto, às 10h25, Bilynskyj apareceu na PF e decidiu realizar a vistoria. Em entrevista ao Metrópoles, ele declarou que a "comissão de segurança pública não vai visitar o presidente esta semana". Ele também criticou o ministro do STF, alegando que "foi uma maldade do ministro tirar a oportunidade de o presidente ver os seus familiares" ao designar a inspeção no mesmo horário destinado às visitas.

Apesar da crítica, o parlamentar voltou atrás. "Eu encaminhei o ofício para o ministro cancelando a visita, mas iremos quando ele designar outra data", disse, antes de entrar no prédio. A autorização original de Moraes, emitida dia 5, proíbe uso de celular, fotos ou gravações durante a vistoria.

Por que a inspeção na cela de Bolsonaro gerou tanta controvérsia?

A polêmica nasceu no momento em que a autorização do ministro Alexandre de Moraes coincidiu com o horário reservado às visitas familiares, o que, segundo Bilynskyj, prejudicaria Bolsonaro. O deputado argumentou que a fiscalização "não é uma visita" e não deveria interferir no tempo destinado à família. A defesa do ex-presidente, por sua vez, tenta usar a situação para reforçar o pedido de medidas humanitárias, citando a necessidade de cirurgia e as visitas médicas recentes.

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