Conhecida por anos como a “Moça do Tempo” dos telejornais da Globo, Flávia Freire trocou o ritmo acelerado da TV pela tranquilidade da vida em Portugal. A jornalista e apresentadora deixou a emissora em 2017, quando decidiu se mudar com a família, em busca de uma rotina mais leve. Em entrevista ao Terra, ela falou sobre as mudanças na sua vida nos últimos anos, a vontade de retornar à televisão e comentou a ascensão do ex-marido, César Tralli, ao comando do "Jornal Nacional".
"Sobre a promoção do Tralli, acho que era o caminho a ser trilhado. O César sempre foi um profissional extremamente dedicado, trabalhador e ético. E um parceiro de equipe exemplar. É mais do que merecido", diz.
Flávia conta que atualmente seu ritmo de vida é completamente diferente do que era quando ela trabalhava na TV. "Era uma correria diária - muitas vezes com hora para entrar e sem hora para sair. Fim de semana e feriados no trabalho… uma rotina comum de quem se dedica intensamente à profissão", relembra.
Em terras portuguesas, ela encontrou a chance de desacelerar. "Em Portugal, encontrei um estilo de vida mais equilibrado. Aqui, consigo ter mais tempo de qualidade com a família e estar mais presente no dia a dia, o que me dá muito prazer. Não que seja mais fácil, até porque agora tenho dois filhos ainda pequenos, mas é uma vida mais calma, mais simples, inclusive do ponto de vista da segurança", completa.
Casada com o empresário português Miguel Roquette, Flávia é mãe de Matheus e Francisco, e valoriza as pequenas alegrias do cotidiano. "Gosto do ritmo daqui. Do poder caminhar com tranquilidade, de ter tempo pra mim sem tanta pressa. Pequenos prazeres que passaram a fazer parte da minha rotina e que me trazem muita paz", afirma.
A jornalista começou a carreira em 1998, na TV Globo de Brasília, passou pelo "SPTV", "Bom Dia São Paulo", Antena Paulista e "Jornal Hoje". Em 2008, foi a "Moça do Tempo" no "Jornal Hoje" e do "Jornal Nacional". Após engravidar e tirar licença, ela voltou com pequenas participações no "SPTV".
"Quando deixei a TV, depois de muitos anos de estrada e senti que era hora de desacelerar, queria olhar mais pra dentro, cuidar mais de mim e da minha família. Foi uma escolha consciente. E hoje sinto que fiz bem", analisa.
Por outro lado, ela admite que sente falta da televisão e até da correira. "As apresentações eram uma verdadeira paixão. Adoraria voltar um dia, se não for tarde (risos), quem sabe?", diz.
Mesmo vivendo fora, Flávia mantém laços fortes com o Brasil. A jornalista visita o país de duas a três vezes por ano para rever familiares e amigos, recarregar as energias e matar a saudade da comida brasileira. "É menos do que eu gostaria, mas já me renova. E não descarto voltar a morar no Brasil um dia. Sempre digo que a vida é feita de ciclos e eu nunca digo 'nunca'", completa.
