Pela primeira vez em sua história, a chamada "Tumba dos Jogos Olímpicos", um dos túmulos etruscos mais bem preservados já descobertos, deixou o Museu Arqueológico Nacional de Tarquinia, na Itália, para ser o destaque de uma exposição em Milão, uma das sedes das Olimpíadas de Inverno de 2026.
A obra, que será o centro das atenções na mostra "Os Jogos Olímpicos: Uma História de Três Mil Anos", permanecerá exposta na capital da Lombardia até o fim de março do próximo ano.
Atualmente integrada ao percurso de um museu dedicado à longa história das Olimpíadas, a tumba foi descoberta em 1958 na necrópole de Tarquinia, às vésperas dos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960. Datada entre 530 e 520 a.C., ela retrata competições atléticas, e a arte teria sido produzida por um grupo de pintores de origem greco-oriental.
"É, sem dúvida, um dos mais importantes testemunhos iconográficos da prática de jogos atléticos entre os povos etruscos e itálicos. Foi descoberta utilizando uma técnica futurista para a época, graças a uma sonda que explorou as câmaras subterrâneas. O verdadeiro desafio foi preservar as pinturas em seu estado original", enfatizou Vincenzo Bellelli, diretor do Parque Arqueológico de Cerveteri e Tarquinia.
A "Tumba dos Jogos Olímpicos" transmite toda a tensão e a paixão do esporte vivenciado há cerca de 2,5 mil anos, incluindo uma luta de boxe, uma corrida de bigas, um lançamento de disco e o feroz jogo de Fersu, espetáculo de gladiadores praticado pelos etruscos. .