Automatizar tarefas de trabalho é o principal uso da IA por brasileiros

Inteligência Artificial ajudam a reduzir em até 85% o tempo gasto em tarefas administrativas, aponta estudo

12 nov 2025 - 06h00
Resumo
O uso da Inteligência Artificial tornou-se comum no Brasil, ajudando a reduzir significativamente o tempo em tarefas administrativas e educacionais, com foco na automação, melhoria da qualidade de ensino e bem-estar dos profissionais, embora ainda demande maior capacitação ética e pedagógica.
Foto: Freepik

O uso da Inteligência Artificial (IA) já é realidade para a maioria no Brasil. Estudos realizados pela Nexus apontam que 6 em cada 10 brasileiros já usam IA generativa no dia a dia. Entre os principais usos da tecnologia está a busca por informações gerais com 48%, estudar com 45%, criar conteúdo com  41% e automatizar tarefas de trabalho ou estudo, com 38%. Já o perfil de maior uso da tecnologia é de homens (67%), jovens de 18 a 30 anos (63%), pessoas com ensino superior completo (63%) e pessoas com renda acima de cinco salários mínimos  (65%). 

Na educação, o avanço da IA ocorre em um contexto integrador, de suporte às tarefas repetitivas, possibilitando mais tempo e qualidade de vida aos docentes. Um levantamento do instituto Ipec mostrou que 71% dos professores brasileiros relatam sentir-se esgotados pela carga excessiva de trabalho. 

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Nesse cenário, a tecnologia vem sendo percebida como aliada estratégica na gestão do tempo e na melhora da qualidade do ensino. Um estudo da edtech Maieutics.ai, que analisou a rotina de mais de 13 mil docentes no país, identificou que a automação de tarefas pode reduzir em até 85% o tempo gasto na elaboração de avaliações, um ganho expressivo que permite ao professor concentrar-se em sua missão de ensinar.

Os impactos dessa transformação vão além da eficiência operacional. A redução das tarefas repetitivas libera o docente para desenvolver metodologias mais criativas e fortalecer a relação humana com os alunos.

“Quando o professor consegue automatizar parte das tarefas mais repetitivas, ele poupa tempo e energia para planejar aulas mais criativas, se conectar com os alunos e inovar no processo de ensino. Esse movimento não apenas amplia o espaço para o diálogo e o pensamento crítico, mas também contribui diretamente para o bem-estar e a saúde mental dos profissionais”, afirma Rodrigo Streithorst, CEO da Maieutics.

Ainda assim, o uso ético da tecnologia depende de dois pilares fundamentais, a formação e responsabilidade. Dados da OCDE apontam que 40% dos professores brasileiros ainda não se sentem preparados para utilizar a IA de forma pedagógica. Por isso, investir em capacitação e criar políticas institucionais que garantam transparência, privacidade e uso responsável dos algoritmos são passos essenciais para avançar no uso seguro desta tecnologia.

As instituições que compreenderem esse movimento estarão à frente. Ao integrar a IA aos seus sistemas acadêmicos e promover a formação continuada de seus docentes, universidades e escolas não apenas modernizam seus processos, mas fortalecem o papel do professor como mediador do conhecimento. 

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“A IA jamais substituirá o olhar humano e a relação entre professores e alunos, mas ela cria condições para que as relações humanas possam existir com mais tempo, presença e qualidade”, completa Streithorst.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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