Drone criado por estudantes pode ser usado por forças policias

Veículo não tripulado pode servir para monitorar atividades criminosas ou fazer levantamento em áreas de risco

15 set 2013 - 14h37
(atualizado às 14h37)

Alunos do Campus Florianópolis do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) desenvolveram um drone (veículo não tripulado) aéreo com base em um aeromodelo de pequeno porte.

<p>Controle remoto tem alcance de até dois quilômetros</p>
Controle remoto tem alcance de até dois quilômetros
Foto: IFSC / Divulgação

Segundo os integrantes do Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento de sistemas Embarcados, o equipamento pode auxiliar na aquisição de imagens para monitoramento de atividades ilícitas, como tráfego de drogas, e também para mapeamento detalhado de áreas de risco, áreas de preservação ambiental e levantamento de danos em desastre naturais.

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O projeto foi denominado Sistema de Monitoramento de Média Atitude (SIMA). O protótipo construído no IFSC tem capacidade para um voo autônomo de até 10 minutos a uma velocidade de 15 metros por segundo e atinge 350 metros de altura. O controle remoto tem alcance de até dois quilômetros. A estrutura possui ainda uma câmera, que grava com qualidade superior a uma câmera full HD e um sistema de transmissão de imagens. Além disso, o multicóptero possui um GPS incorporado em sua estrutura, que permite o retorno ao ponto de partida em caso de perda do sinal do controle remoto.

Protótipo tem capacidade para um voo autônomo de até 10 minutos
Foto: IFSC / Divulgação

O professor Leandro Schwarz, do Departamento de Eletrônica do Câmpus Florianópolis e coordenador da primeira etapa do projeto, explica que a tecnologia de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) não é muito difundida no Brasil e, por isso, não é fácil encontrar os componentes necessários para a construção desse tipo de protótipo. “Isso acontece porque a tecnologia de VANTs é utilizada apenas militarmente, principalmente nos Estados Unidos, e o acesso a ela é muito restrito por questões de segurança. Nosso objetivo, então, é criar uma plataforma de desenvolvimento para nacionalizar a tecnologia, permitindo uma diminuição dos custos e um aumento da segurança pra monitoramento de áreas, já que o multicóptero pode substituir os helicópteros nessas atividades”, explica Schwarz.

Desenvolvido desde 2012 no Campus Florianópolis, o projeto tem a participação de alunos do curso de Engenharia Eletrônica, professores do Departamento de Eletrônica e de um egresso do curso técnico integrado em Eletrônica.

Fonte: Terra
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