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Rival do Uber, Lyft encerra primeiro dia na bolsa com alta de 8,7%

Empresa de transporte por aplicativo é a primeira da chamada 'economia compartilhada' a fazer oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês)

29 mar 2019 - 18h27

A empresa de transporte por aplicativo Lyft, maior rival do Uber nos Estados Unidos, encerrou seu primeiro dia de operações na bolsa de valores Nasdaq com ações negociadas a US$ 78,29 - alta de 8,74% para o preço inicial de US$ 72, imposto pela startup ao abrir seu capital na manhã desta sexta-feira, 29.

Com a valorização deste primeiro dia, o Lyft chega ao valor de mercado de US$ 26,4 bilhões - US$ 11 bilhões a mais do que na avaliação anterior, feita na última rodada de investimentos da startup. Com as 32,5 milhões de ações vendidas no dia, o Lyft levantou US$ 2,34 bilhões.

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Durante o dia, porém, as ações da empresa chegaram a se valorizar em mais de 20%, em um indicativo da demanda do mercado por ações de tecnologia - para os próximos meses, devem chegar ainda à bolsa outros destaques do Vale do Silício, como Pinterest, Slack e Uber.

Mesmo com a queda no pregão ao longo do dia, o saldo final foi visto como positivo pelos analistas. O sucesso também acontece a despeito do prejuízo corrente registrado pelo Lyft, da estrutura de ações que privilegia os fundadores e de suspeitas sobre o futuro modelo de negócios da empresa, baseadas em carros autônomos. "Há muito dinheiro que quer entrar no mercado de tecnologia. É uma nova área e os investidores estão curiosos", disse Catherine McCarthy, analista da Allianz, à agência de notícias Reuters.

Há quem indique que os investidores têm preferido entrar nos IPOs das empresas de tecnologia, mesmo sob suspeitas, do que deixar a oportunidade passar. "Todo gerente de portfólio terá de tomar decisões nos próximos 18 meses sobre esses IPOs. Será uma parte crescente do mercado", disse Mark Lehmann, presidente da consultoria JMP Securities.

Entre os próximos entrantes no mercado, o maior destaque é o do Uber: a previsão é de que a empresa chegue ao mercado em abril e encerre o IPO avaliada em torno de US$ 128 bilhões. Mais do que só abrir capital, espera-se que Lyft e Uber também se tornam empresas financeiramente mais responsáveis. "Os acionistas vão esperar que as startups pratiquem preços mais realistas para ter modelos de negócios sustentáveis", disse Paul Hudson, sócio da Glade Brook Capital Partners.

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Festa. Além de um tipo de modelo de negócios diferente no mercado, o da economia compartilhado, o Lyft também promoveu um IPO um bocado diferente: em vez de seus fundadores trocarem o tradicional sino da Nasdaq, em Wall Street, a empresa organizou uma cerimônia própria em Los Angeles, em uma concessionária fechada no centro da cidade. O Lyft comprou o prédio recentemente para transformá-lo em uma central de apoio a motoristas.

Junto dos empregados da empresa estava o prefeito da cidade, Eric Garcetti. Para o político, o Lyft ajudou a "melhorar um pouco do trânsito da cidade de Los Angeles" - onde nasceu Logan Green, o presidente executivo do Lyft.

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