As "paradas", "ginásios" e criaturas do jogo para "smartphones" Pokémon GO que havia no Parque da Paz de Hiroshima, que presta homenagem às vítimas da bomba atômica que devastou o lugar há 71 anos, foram retiradas.
O governo de Hiroshima solicitou na semana passada ao operador do jogo, a companhia Niantic, que retirasse os bichos do marco zero do primeiro ataque nuclear da história que apareciam no jogo e estavam atraindo a um elevando número de jogadores, algo que considerava inadequado para o lugar.
"Estamos muito agradecidos pela imedita resposta", disse neste sábado em entrevista à agência "Kyodo" um membro do governo local, que revelou que a divisão japonesa da companhia informou sobre a mudança nos ajustes para que as criaturas não apareçam no recinto.
Hiroshima solicitou que a mudança fosse realizada antes de hoje, data que marca o 71° aniversário do ataque nuclear.
O aplicativo, que conta com mais de 75 milhões de downloads no mundo todo e está disponível em mais de 35 países, estreou em 6 de julho e chegou ao Japão no dia 22 de julho.
Hiroshima é uma das outras vozes críticas que pediram no país asiático a retirada dos Pokémon em certos lugares.
Entre elas está o governo de Nagasaki - alvo de uma bomba atômica em 9 de agosto de 1945-, que não quer que os monstros apareçam no Parque da Paz da cidade; a Corte Suprema do Japão, que os quer fora de seus 486 tribunais; e a proprietária da usina nuclear de Fukushima, Tokyo Electric Power (TEPCO).
A companhia elétrica fez a solicitação após detectar a presença de uma destas criaturas virtuais em uma de suas usinas, onde quer evitar que ocorram invasões como a dos três adolescentes que entraram em uma usina nuclear de Ohio (EUA) buscando Pokémon.