Foxconn: funcionários param em Jundiaí por causa da comida

10 out 2012 - 13h07
(atualizado às 13h26)

Funcionários da fábrica da fornecedora da Apple Foxconn em Jundiaí, São Paulo, fizeram uma paralisação na manhã desta quarta-feira, em protesto contra os serviços de alimentação contratados pela empresa para a unidade no Brasil.

Fábrica em Jundiaí teve paralisação de três horas nesta quarta-feira
Fábrica em Jundiaí teve paralisação de três horas nesta quarta-feira
Foto: Macmais / Reprodução

Segundo a assessoria de imprensa da Foxconn, a paralisação já foi encerrada e as atividades na montadora seguem normalmente.

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Em nota, a empresa informou que a paralisação durou três horas. Nela, os funcionários reclamaram da "baixa qualidade das refeições servidas nos últimos dias pela Gran Sapore, atual prestadora dos serviços de alimentação daquele site", conforme o comunicado.

A Foxconn segue informando que o Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí apoiou a paralisação devido às inúmeras reclamações que recebeu quanto à qualidade das refeições servidas na Empresa.

"A empresa Gran Sapore encerrará as suas atividades na Foxconn nesta quinta-feira, 11 de outubro, sendo substituída a partir da próxima segunda-feira, dia 15, pela empresa GRSA. Todos os colaboradores já foram informados sobre a mudança", diz a empresa.

Esta não é a primeira manifestação ocorrida neste ano em Jundiaí. Em abril, os cerca de 2,5 mil trabalhadores da Foxconn ameaçaram parar por problemas de estrutura da fábrica. Entre as principais reclamações estavam as condições de transporte e alimentação dos empregados.

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As principais queixas dos trabalhadores, eram a superlotação dos ônibus que levam à empresa, a qualidade da alimentação e estrutura do refeitório e à falta d'água na fábrica. A paralisação foi descartada depois que a empresa tomou medidas para atender às reivindicações dos trabalhadores.

Histórico polêmico

Uma das maiores fornecedoras de equipamentos eletrônicos do mundo, com 1,2 milhão de empregados apenas na China, a empresa é cenário de protestos mais radicais no seu país natal. Também em abril, trabalhadores de uma fábrica chinesa controlada pela Foxconn ameaçaram saltar do alto de um edifício em protesto pelos baixos salários.

O protesto se referia a ajustes no local de trabalho e envolvia novos operários na fábrica.

No início do ano, a Foxconn, maior empregadora do setor privado chinês, e a Apple fecharam acordo para tratar de violações de condições de trabalho e para a melhora do ambiente dos trabalhadores. O acordo foi fechado quase dois anos depois que uma série de suicídios de operários em fábricas da Foxconn atraíram atenção para as condições de trabalho nas fábricas chinesas e geraram críticas de que os produtos da Apple dependiam da exploração de operários chineses.

Fonte: Terra
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