A Nasa, a agência espacial americana, divulgou novas imagens noturnas da Terra com detalhes inéditos. As imagens foram capturadas com um novo satélite da Nasa e da agência americana que monitora oceanos, atmosfera e clima (NOAA, na sigla em inglês). Os registros mostram, sem a interferência de nuvens, o brilho de fenômenos naturais e as luzes de grandes cidades.
Muitos satélites conseguem capturar imagens da Terra quando o planeta está iluminado pelo Sol. Mas, com o novo sensor no satélite lançado em 2011, muito mais poderoso que os outros, os cientistas agora conseguem observar a superfície da Terra durante a noite.
O sensor consegue capturar até a luz de um navio no oceano. Ao contrário de uma câmera que captura uma cena em apenas uma exposição, o sensor produz uma imagem escaneando várias vezes uma cena e dando uma resolução de milhões de pixels.
O instrumento pode capturar imagens durante a noite com ou sem a luz da Lua, produzindo fotos nítidas da atmosfera da Terra, dos continentes e oceanos. Com as imagens capturadas, os cientistas conseguiram fazer uma montagem mostrando o planeta todo durante a noite e compararam a Terra a uma bola de gude preta.
As fotos dão aos cientistas informações de uma grande variedade de eventos que antes não eram vistos ou eram capturados com baixa resolução."Por todas as razões que precisamos ver a Terra durante o dia, também precisamos ver a Terra à noite", disse Steve Miller, pesquisador da NOAA e do Instituto de Pesquisa da Atmosfera da Universidade Cooperativa do Colorado, nos Estados Unidos. "Ao contrário dos humanos, a Terra nunca dorme", acrescentou.
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Uma equipe internacional de astrônomos criou um catálogo de mais de 84 milhões de estrelas situadas nas partes centrais da Via Láctea. Esta base de dados contém dez vezes mais estrelas que estudos anteriores. A imagem acima foi obtida com o telescópio de rastreio Vista, instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, e tem 108,2 mil por 81,5 mil pixels, num total de quase 9 bilhões de pixels. Ela foi criada ao combinar milhares de imagens individuais do telescópio
Foto: ESO/VVV Consortium
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A maioria das galáxias espirais, incluindo a Via Láctea, possui uma grande concentração de estrelas velhas que rodeiam o centro, zona a que os astrônomos chamam de bojo
Foto: ESO/Nick Risinger
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Esta imagem compara o mosaico infravermelho obtido pelo Vista com um mosaico visível da mesma região obtido com um telescópio pequeno. Como o Vista tem uma câmera sensível à radiação infravermelha, consegue ver através da maior parte da poeira que obscurece a visão, fornecendo uma vista desimpedida das estrelas que se situam nas regiões centrais da Via Láctea
Foto: ESO/Nick Risinger
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Esta visão em infravermelho mostra diversas nebulosas e aglomerados. Na imagem, podem ser vistas a Messier 8 (conhecida como a Nebulosa da Lagoa), a Messier 20 (a Nebulosa Trífida), NGC 6357 (Nebulosa Guerra e Paz) e NGC 6334 (Pata de Gato). Os demais objetos marcados são aglomerados globulares
Foto: ESO/VVV Consortium
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