A agência espacial americana (Nasa) anunciou nesta terça-feira o código "vermelho" de segurança, após detectar que um fragmento de lixo espacial poderá chocar-se com a Estação Espacial Internacional (ISS) e pediu a seus três tripulantes que estejam prontos para se refugiarem na nave Soyuz.
"Não há tempo suficiente para mudar o rumo da estação, como foi feito na sexta-feira passada devido a outra peça de resíduo, por isso que se a probabilidade de colisão seguir no nível 'vermelho', a equipe terá que deslocar-se à Soyuz TMA-20", informou a Nasa em comunicado.
Os três tripulantes da Expedição 27, o russo Dmitri Kondratyev, a americana Cady Coleman e o italiano Paolo Nespoli, acompanham, junto com o Controle de Missão em Houston, a trajetória dos restos que pertencem ao desaparecido satélite Fengyun 1C.
O satélite chinês foi destruído em 2007 somando-se assim às mais de 19 mil peças de lixo espacial que circulam na órbita da Terra, segundo informações da Nasa. Por enquanto, calcula-se que os restos passarão a 4,5 km da estação, mas como a trajetória do lixo espacial é muito irregular, a Nasa estabeleceu os procedimentos de segurança e os astronautas estão preparados para deslocar-se à nave que os levou em dezembro, acoplada no módulo Rassvet.
O momento de máxima aproximação está prevista para as 17h21 do horário de Brasília, mas uma hora antes a equipe começará os procedimentos de segurança. Segundo o previsto até agora, os astronautas se deslocarão à nave russa 15 minutos antes do momento de máxima aproximação e permanecerão no interior até 15 minutos depois.
No entanto, o Controle da Missão continua vigiando a trajetória do lixo espacial e se a probabilidade de impacto diminuir e o código de segurança mudar para "amarelo" ou "verde", a tripulação não terá que refugiar-se na Soyuz.
Enquanto isso, o astronauta da Nasa Ron Garan e os cosmonautas russos Andrey Borisenko e Samokutyaev Alexander continuam a viagem rumo a estação a bordo da Soyuz TMA-21, que partiu da base de Baikonur no Cazaquistão. O trio se acoplará ao módulo Poisk com o que a tripulação da Expedição 27 voltará a ser de seis membros, e iniciarão uma missão de quase seis meses a bordo do laboratório orbital.