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Estudo póstumo de Stephen Hawking é publicado

Físico avaliou o destino dos objetos que caem em um buraco negro

15 out 2018 - 12h23

Colaboradores do físico britânico Stephen Hawking, morto em março passado, revelaram na última sexta-feira (12) seu último estudo, que é dedicado aos buracos negros e ao misterioso destino de objetos atraídos por eles.

    O texto foi divulgado por seus colaboradores nas universidades de Harvard e Cambridge em um site chamado Arxiv, que identifica artigos científicos antes mesmo de sua revisão em vista da publicação oficial.

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    O estudo, intitulado "Black Hole Entropy and Soft Hair" (Entropia de Buracos Negros e Cabelos Macios), foi o último esforço registrado pelo britânico antes de sua morte, no dia 14 de março deste ano.

    O colaborador Malcolm Perry, professor de física teórica em Cambridge, chamou Hawking poucos dias antes de o cosmólogo morrer, para atualizá-lo sobre os últimos desenvolvimentos de sua pesquisa, sem saber do agravamento de suas condições de saúde.

    "Era muito difícil para Stephen se comunicar", contou Perry à imprensa britânica. "Fui colocado no viva-voz para explicar até onde já tínhamos chegado. Quando terminei, ele esboçou um grande sorriso. Eu lhe disse que tínhamos feito progressos. Ele sabia o resultado final", disse.

    O objetivo do estudo era desvendar o chamado "paradoxo da informação", ou seja, o destino dos elementos físicos que são sugados para dentro de um buraco negro. Segundo o novo estudo, a queda do objeto deveria aumentar a temperatura do buraco negro e o grau de desordem interna - a entropia.

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    Essa variação seria registrada por feixes de luz (fótons) que viajam perto da borda (o horizonte dos eventos) do buraco negro e que Hawking e seus colegas chamaram de "soft hair" (cabelos macios, em tradução livre), possibilitando assim a recuperação de informações do objeto caído no buraco.

    "Não sabemos se a entropia de Hawking vale para qualquer coisa que caia em um buraco negro", continuou Perry. "Mas se trata de um grande passo", concluiu.

  
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