Em 1943, a Austrália enviou a Winston Churchill um ornitorrinco que morreu durante a viagem; só agora, 82 anos depois, sabemos o motivo

Os pesquisadores encontraram a resposta por meio de uma pista no diário de bordo

11 ago 2025 - 15h21
(atualizado em 12/8/2025 às 18h18)
Foto: Xataka

Em 1943, um navio camuflado partiu da Austrália para a Inglaterra com uma carga ultrassecreta e, ao mesmo tempo, peculiar: um ornitorrinco chamado Winston, um presente diplomático para o primeiro-ministro britânico Winston Churchill. A criatura morreu durante a viagem e, por 82 anos, a culpa foi colocada em um submarino alemão. Mas, agora, alguns pesquisadores descobriram o que realmente aconteceu.

Winston não foi morto pelos alemães. Estudantes australianos resolveram o enigma após examinarem os arquivos do naturalista David Fleay, que capturou o animal. Os registros de temperatura do navio revelam que Winston morreu por estresse térmico ao cruzar o Equador, e não por ataques inimigos. As temperaturas ultrapassaram os 27 °C durante uma semana, muito acima do limite de sobrevivência da espécie.

Publicidade

Por que a Austrália deu um ornitorrinco de presente

Em plena Segunda Guerra Mundial, a Austrália se sentia abandonada pela Grã-Bretanha enquanto o Japão se aproximava do Pacífico. O ministro das Relações Exteriores australiano, Herbert Evatt, sabia que Churchill colecionava animais exóticos e pensou que um ornitorrinco — uma criatura que muitos consideravam, na época, uma fraude taxidérmica — poderia inclinar a balança a favor dos pedidos de apoio militar de Canberra.

Winston foi capturado perto de Melbourne e embarcado em um contêiner especialmente projetado, com tocas forradas de feno, água de riacho australiana e 50 mil minhocas para a viagem de 45 dias. David Fleay, o ...

Veja mais

Matérias relacionadas

Publicidade

É esta noite: a melhor chuva de meteoros do ano atinge o pico; tudo o que você precisa saber para não perder o espetáculo de Perseidas

China vai reviver tecnologia que já foi considerada lendária: oito dragões que detectam os batimentos cardíacos da Terra

Brasileiro cria IA que ajuda a diagnosticar doença de chagas

Laboratório recria a primeira molécula após o Big Bang; o resultado não foi bem o esperado

Cientistas detectam maior colisão de buracos negros envolvendo objeto que "não deveria existir" e isso pode mudar tudo sobre o cosmos

Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações