Desmatamento da Amazônia cai 19% nos últimos 6 meses, segundo INPE

21 fev 2014 - 19h56

A ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, informou nesta sexta-feira que o desmatamento na Amazônia Legal caiu 19% entre agosto de 2013 e janeiro de 2014 em comparação com o período de agosto de 2012 a janeiro de 2013.

A área devastada foi calculada a partir da análise de imagens de satélites e, por isso, só pode ser considerada como um alerta, já que a verdadeira dimensão do desmatamento tem que ser confirmada mediante a visita dos fiscais aos locais identificados, explicou a ministra em entrevista coletiva.

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"De qualquer forma, trata-se de um dado positivo porque nos permite obter dados importantes e seguir melhorando a fiscalização", assegurou a ministra ao se referir aos resultados da tecnologia por satélite que permite identificar as áreas desmatadas.

"No entanto, não podemos constatar índices de desmatamento até a realização de uma verificação diretamente no local", admitiu.

Da área assinalada como provavelmente devastada pelas imagens de satélite, 76% aparentemente já foi totalmente coberta, 8% degradada por incêndios e 5 % dizimada pela exploração florestal.

A ministra acrescentou que, para melhorar as medições feitas pelos satélites, o governo também está usando imagens realizadas por aviões equipado com radares especiais e, inclusive, por aviões não tripulados (drones).

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Os cálculos em questão foram realizados a partir de uma tecnologia brasileira conhecida como Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), a estatal que opera os satélites meteorológicos e de vigilância remota do Brasil.

Para medir o índice real de desmatamento, o governo utiliza as ferramentas do Projeto de Vigilância de Desmatamento da Amazônia Legal (Prodes), uma tecnologia do INPE mais sofisticada, mas que ainda não acompanha a devastação em tempo real.

Em seu último balanço, o Prodes mostrou que a Amazônia perdeu 5.843 quilômetros quadrados de floresta entre agosto de 2012 e julho de 2013, uma área que chega a ser 28% superior à medida entre agosto de 2011 e julho de 2012 (4.571 quilômetros quadrados).

Apesar desse crescimento, a área devastada até julho de 2013 foi a segunda menor medida nesse período.

Em seu objetivo de combater a mudança climática, o governo se comprometeu voluntariamente a reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% (em relação ao número de 1990), o que representa uma meta anual de 3.925 quilômetros quadrados.

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O desmatamento é a principal causa da emissão de dióxido de carbono (CO2) à atmosfera no Brasil, tanto pelos gases que se libertam com os incêndios florestais como pelo oxigênio que se deixa de gerar.

  
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