Relatório da ClearSale mostra que houve 3,7 milhões de tentativas de fraude via cartão de crédito nos e-commerces em 2023, gerando um prejuízo de R$ 3,5 bilhões.
O Brasil teve 3,7 milhões de tentativas de fraude via cartão de crédito usados em e-commerces em 2023. No total, esse número representa um valor de R$ 3,5 bilhões. As informações são do Mapa da Fraude, relatório da ClearSale, empresa de inteligência de dados e soluções antifraude.
O estudo analisou 277,4 milhões de pedidos, entre 1° de janeiro a 31 de dezembro do ano passado. Ainda, o relatório mostra que houve uma queda de 28,3% no número de tentativas em relação a 2022. Houve também redução de 3,6% no ticket médio em 2023.
A metodologia da pesquisa considerou tentativas de fraude todas as transações que foram classificadas como suspeitas ou confirmadas.
Entre as categorias, a que mais sofreu intenção do crime foi a de eletrônicos (5,1%), principalmente televisores e monitores, com o ticket médio de R$ 2,6 mil. Em segundo lugar, games (5%), com R$ 1,6 mil, e celulares (4,3%), com R$ 2,8 mil.
A ClearSale ressalta que com a exceção de games, as categorias restantes ainda são os maiores alvos dos fraudadores, pois há muita busca em mercados paralelos.
Em relação as regiões do país, o Nordeste ficou na liderança no ranking de maior tentativa de golpes, com 1,6%. Em seguida, o Norte, com 1,5%. O Centro-Oeste e o Sudeste empataram, com 1,4%. A região sul teve o menor índice com 0,8%. Os valores do ticket médio das regiões ficaram entre R$ 995,77 e R$ 932,56.
Já quando se trata de gênero, o que mais sente os impactos das tentativas é o público masculino, com 1,8%. Pessoas com outras definições de gênero ou não informado ficaram em segundo lugar (1,5%), e, por fim, o público feminino (1,0%).
Durante os períodos do ano passado, a maior concentração foi em janeiro, com 375 mil tentativas de golpe. Já a data comemorativa que foi o grande alvo dos golpistas foi a Cyber Monday (1,7%), seguido por Natal e Dia das Crianças (1,4%).
“Embora o número de tentativas de fraude tenha diminuído em comparação com o ano anterior, ainda é um desafio significativo para as empresas, que precisam continuar investindo em medidas contra atividades fraudulentas”, comenta Eduardo Mônaco, CEO da ClearSale.
