O senhor pretende trocar os palcos pela política?
De maneira nenhuma. Posso muito bem coordenar as duas coisas. Minha premissa é cantar, compor, fazer graça. Fazer shows engraçadíssimos, com cultura, mas de um jeito jocoso, pois não há como fazer isso de uma maneira acadêmica. Minha vida é cantar. Agora... tenho QI, tenho moral para trabalhar em uma parte que eu já trabalho, que é a cultura.
A cultura seria sua principal bandeira na política?
A bandeira é... eu estava conversando antes, com assessores, sobre a eleição de 1985, quando eu comecei, com Jarbas (Vasconcelos) e outras campanhas. Desde aquela época, jogava com os candidatos para ver se eles assimilavam, sabe? Chegava nesses bairros pobres e pedia, para ver se eles faziam escolas. Principalmente de música, pois a música tem o poder de atrair mais o povo. As coisas práticas do Brasil são as escolinhas de futebol, pois todo garoto gosta de jogar futebol e a segunda escolinha é de música. Por mais inocente que seja, o garoto acaba se divertindo, aprendendo uma profissão. Esse é um jeito de ensinar. Dentro dessa coisa muito acadêmica não cabe mais.
O senhor falou que começou com Jarbas Vasconcelos...
Talvez tenha dito mal. A primeira campanha que fiz aqui (Pernambuco) foi com Jarbas.
Qual foi a sua primeira filiação partidária? Em que ano?
No PMDB. Em 1985, eu tava nisso... por aí...