Enem 2010

Redação

Para a redação do Enem, tão importante quanto o hábito de escrever é o de leitura, de acordo com Miguel Cerezo, Diretor Editorial da Editora COC. Ele afirma que quem lê com frequência tem mais vocabulário, escreve com mais clareza e consegue traduzir seus pensamentos e ideias com mais facilidade.

Para quem não está em dia com a redação nem com a leitura, o professor Luiz Octávio, Diretor do Curso Dom Bosco, sugere que o estudante “leia os editoriais de jornal e depois redija um texto sobre o assunto de acordo com sua opinião". Este exercício, segundo ele, informa e treina a expor ideias com coerência. E é uma dica que ainda dá tempo de ser colocada em prática.

Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil, considera que não é difícil ir bem na redação. “Para não zerar na prova, basta que o candidato escreva mais de sete linhas e tenha uma postura ética em relação ao mundo.” Mas, para o aluno deseja caprichar na redação, ele dá uma dica simples e já bastante conhecida, que diz ser uma “fórmula difícil de dar errado”.

“Ciente do tema da redação, o estudante deve elencar três argumentos sobre o assunto para desenvolver. No primeiro parágrafo ele introduz o seu pensamento, citando os argumentos que serão tratados ao longo do texto. No segundo, terceiro e quarto parágrafo, o candidato expõe cada um dos argumentos. E no último, faz a conclusão de sua tese.” Fazer citações de outros autores pode enriquecer a redação, desde que elas estejam corretas e sejam devidamente creditadas, aconselha Prado.

Ainda segundo ele, os parágrafos devem ter entre quatro e sete linhas, e o texto inteiro, no mínimo 25. Mateus defende que uma hora e meia é o tempo ideal para escrever uma boa redação, mas admite que provavelmente sobre menos de uma hora para o candidato. “A prova do Enem é muito extensa e cansativa, mas se o aluno conseguir deixar uma hora para se dedicar ao texto, seguindo este modelo que citei, ele conseguirá ir bem”.

Dentre os temas que podem cair na redação, ele menciona obtenção de direitos relacionados à cidadania; meio ambiente; saúde publica; papel das redes sociais e futuro da mídia imprensa. “O Enem quer saber se o candidato valoriza a ética ocidental pregada pela ONU e pela Unesco; a democracia e a diversidade. Ter posicionamento contrário a estes pode ser prejudicial ao aluno”, alerta Mateus.

Foto: Getty Images

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