Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil, ONG que oferece cursinho com preços populares e cujo nome homenageia o famoso cartunista e jornalista brasileiro morto em 1988, explica que para ir bem nesta área de conhecimento da prova o aluno deve estar preparado para resolver questões que aliam linguagem de texto a outras linguagens, como a visual, por exemplo. “É bastante comum o uso de textos com imagens de propagandas”.
Nas questões de língua estrangeira, ele destaca que os textos também focam na interpretação, são atuais e, geralmente, mais curtos, provenientes de sites de jornais como o Clarín, para a prova de espanhol, e The New York Times, para a de inglês. Mateus teme, porém, que com a opção de 57% dos candidatos pela prova de espanhol, o Exame “abuse” dos falsos cognatos. “Por isso, vale a pena dar uma revisada neste tópico, que pode induzir muitos estudantes ao erro”.
Prado também sugere que os candidatos estejam preparados para o entendimento de quadrinhos e charges. “O Enem adora os quadrinhos da Mafalda”. E lembra: “o texto só tem sentido dentro de um contexto e cada texto tem uma função”, logo, uma leitura atenta pode ser a chave para uma boa prova.
Outro ponto que ele destaca são os recursos de figuras de linguagens, “muito usadas” na prova. “O candidato precisa saber usar e identificar tais figuras, é outro tópico que vale a pena revisar”. Conhecer a norma culta, as diferenças regionais da linguagem, a nova escrita na era das redes sociais na internet e se manter bem informado também são dicas que garantem o sucesso nesta área de conhecimento.
Mateus Prado também acredita que é de extrema importância que o candidato conheça o modelo da prova do Enem para que na hora H ele se sinta mais seguro. Segundo ele, a melhor prova para fazer um simulado é a que vazou em outubro de 2009. “Este é o modelo que tem mais a cara do Enem, é a mais completa”. A prova pode ser encontrada em seu perfil no Twitter (@ENEMmateusprado), que possui mais de 23 mil seguidores.