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Influenciadores regionais viram aposta para pequenas e grandes marcas

Eles provam que não precisa ser celebridade com milhões de seguidores para sobreviver de publis nas redes sociais

4 ago 2025 - 06h52
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Resumo
As “publis” – publicidade feita com microinfluenciadores – viram estratégia eficiente no ecossistema em que convivem pequenos, médios e grandes anunciantes. Proximidade, identificação e confiança são os trunfos dos influenciadores regionais.
Microinfluenciador Lucas Hensou grava propaganda para a Coca-Cola. No ano passado, atendeu 80 pequenas, médias e grandes marcas.
Microinfluenciador Lucas Hensou grava propaganda para a Coca-Cola. No ano passado, atendeu 80 pequenas, médias e grandes marcas.
Foto: Divulgação

Influenciadores regionais, ou microinfluenciadores, que não têm milhões de seguidores, no máximo milhares, vem sendo procurados por pequenos negócios e grandes marcas porque expressam naturalmente a identidade local, passam credibilidade e suas “publis” custam bem menos do que os cachês milionários de famosos.

O trabalho dos microinfluenciadores é uma aposta em nichos como bairros e regiões específicas. “O universo da criação de conteúdo faz a gente perder a dimensão da vida real. Falar com dez, vinte mil pessoas, é muita gente, e são trocas muito mais valiosas”, explica a jornalista Roberta Camargo.

Com 28 anos, ela mora e atua como influenciadora na zona norte de São Paulo, em regiões como Brasilândia e Freguesia do Ó. Com 23 mil seguidores, faz publicidade de negócios da região e grandes marcas, como iFood.

Jornalista Roberta Camargo atua na zona norte de São Paulo. Cenário é propício aos microinfluenciadores.
Jornalista Roberta Camargo atua na zona norte de São Paulo. Cenário é propício aos microinfluenciadores.
Foto: Divulgação

“Os comércios menores chegam mais por causa do nicho, sabem que o meu público vai se identificar. Alguns eu captei, oferecendo serviços que fazem sentido. As marcas maiores me procuram mais pelos assuntos que eu trato, notícias, cultura, questões da comunidade.”

“Tudo começou como hobby”, diz microinfluenciador

O microinfluenciador Lucas Hensou, 28 anos, da Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de São Paulo, faz conteúdos sobre cultura pop. Tem 36 mil seguidores no Instagram e também usa o TikTok para dar dicas de cinema e shows.

“No último ano, trabalhei com mais de 80 marcas. Desde gigantes a marcas locais. Desejo crescer muito mais, obviamente. Mas o despertar foi entender o valor da minha comunidade”, diz Hensou.

Joyce Silva e Kaique Lima fazem propaganda para a JAH Açaí, cujo marketing é focado em influenciadores regionais.
Joyce Silva e Kaique Lima fazem propaganda para a JAH Açaí, cujo marketing é focado em influenciadores regionais.
Foto: Divulgação

O marketing da JAH Açaí, Sorvetes e Picolés, com 180 unidades pelo país, é feito por influenciadores regionais. A estratégia, implantada em 2020, aumentou o faturamento em 47%. “O pensamento é o mesmo para quaisquer lojas, do Mato Grosso ao Rio Grande do Sul. Buscamos influenciadores especializados em temas de gastronomia ou estilo de vida, com mensagens jovens e descontraídas”, explica o CEO Rafael Corte.

Segundo ele, microinfluenciadores “falam a língua das pessoas e conseguem romper barreiras culturais que, muitas vezes, dificultariam a comunicação da nossa marca em diferentes regiões. Essa proximidade com o público é algo que não conseguimos alcançar da mesma forma por meio de outros canais”.

Pesquisas revelam importância dos microinfluenciadores

Pesquisa da Influency.me e Opinion Box mostra que 69% dos respondentes compraram ou quiseram comprar um produto indicado por influenciadores regionais. No Nordeste, o índice sobre para 73%. Viagens e turismo são os assuntos com maior popularidade.

Lucas Hensou, de São Paulo, começou postando vídeos dos bastidores de suas coberturas de eventos e encontrou sua vocação profissional.
Lucas Hensou, de São Paulo, começou postando vídeos dos bastidores de suas coberturas de eventos e encontrou sua vocação profissional.
Foto: Divulgação

“O regionalismo não é apenas uma tendência passageira, mas representa um caminho autêntico para gerar identificação, conexão e, principalmente, resultados reais para as marcas”, afirma Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me. 

Para 67% dos entrevistados, marcas nacionais deveriam incluir mais influenciadores regionais em suas ações e 47% afirmam que deixariam de comprar de empresas que não respeitam ou não compreendem a cultura local. 

Nem tudo são flores, curtidas e compartilhamentos. “Vejo amigas e que foram desistindo porque esperavam que essa pudesse ser a única fonte de renda por muitos anos. Ainda é um mercado branco, hétero, padrão. Pensando em rentabilizar, ainda falta avançar”, alerta Roberta Camargo.

Fonte: Visão do Corre
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