Ana Cacimba, musicista periférica e quilombola, lança disco de 10 anos de carreira
Trabalho une fé, ancestralidade e experimentação sonora em canções autorais e tradicionais ligadas à fé da artista
O fio condutor é a música popular brasileira atravessada pela afro religiosidade, transitando por samba rock, samba, pop, afrobeat, kuduro e música caipira inspirada nas congadas do Rosário do Vale do Jequitinhonha, remetendo às raízes da cantora.
A cantora, compositora e instrumentista Ana Cacimba apresenta Luminosa - Ato 1: Lua, projeto que marca seus 10 anos de carreira. O trabalho inaugura uma obra pensada em dois atos, Lua e Sol, concebidos como metáforas de diferentes formas de luminosidade. A Lua, associada ao mistério, à intuição e à espiritualidade, abre a narrativa, enquanto o Sol, previsto para ser lançado na sequência, representará a energia expansiva e a realização.
“O nome Luminosa veio até mim como uma ideia de falar sobre autoestima, sobre valorizar o próprio brilho, pessoal e espiritualmente diante de um mundo que nos faz exigir cada vez mais de nós mesmos”, explica Ana. “Metade de mim é o que creio e a outra metade é o que eu sinto - e esse disco traduz exatamente isso, em dois atos complementares, Lua e Sol”.
A identidade visual do projeto também tem papel central: a capa traz a Lua como personagem, representando o arquétipo do mistério e do intuitivo, em conceito concebido por Ana e desenvolvido em parceria com uma equipe feminina, incluindo direção de arte de Flora Negri, maquiagem de Larissa Liss e figurino de Geórgia Feola.
O segundo ato, intitulado Sol, será lançado posteriormente, trazendo o lado expansivo da obra, focado na realização e na vivência intensa. Se a Lua explora introspecção, fé e espiritualidade, o Sol refletirá experiências cotidianas, alegria e a energia do convívio com o mundo exterior. “A mensagem do disco é mostrar a riqueza cultural da afro brasilidade e principalmente da afro religiosidade brasileira, que apesar de muitos não aceitarem, tem raízes profundas em vários ritmos da nossa música popular”.